Bolsas europeias fecham majoritariamente em alta

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, após dados fracos de inflação da zona do euro alimentarem expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) lançará novas medidas de estímulos na reunião de política monetária de quinta-feira (02). O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com ganho de 0,61%, a 343,08 pontos.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,3% em setembro ante igual mês do ano passado, após avançar 0,4% na mesma comparação de agosto, segundo dados preliminares da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia. Com isso, a inflação no bloco atingiu o menor nível desde outubro de 2009 e se afastou ainda mais da meta anual do BCE, que é de taxa ligeiramente abaixo de 2,0%. A desaceleração dos preços reforçou apostas de que o BCE poderá voltar a agir nesta semana para conter a queda na inflação e impulsionar a recuperação ainda frágil do bloco.

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A tendência de valorização na Europa se manteve mesmo após indicadores decepcionantes de atividade e de confiança do consumidor divulgados mais cedo nos EUA.

A Bolsa de Milão foi a que teve melhor desempenho hoje, com salto de 1,78% no índice FTSE-Mib, a 20.892,11 pontos, impulsionada por bancos como Banca Monte dei Paschi di Siena (+3,8%) e Mediobanca (+3,3%). Em Paris, o CAC-40 mostrou o segundo maior ganho, de 1,33%, terminando a sessão a 4.416,24 pontos. Em Madri, o IBEX-35 subiu 1,31%, a 10.825,50 pontos, após o governo regional da Catalunha anunciar que suspendeu uma campanha para a realização de um referendo sobre a independência da região em relação à Espanha.

No mercado alemão, em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,55%, a 9.474,30 pontos, após as vendas no varejo da Alemanha surpreenderem com alta de 2,5% em agosto ante julho, bem maior que o acréscimo previsto de 0,5%. Em Lisboa, o PSI-20 ganhou 0,62%, a 5.740,50 pontos.

A exceção do dia foi a Bolsa de Londres, cujo índice FTSE-100 recuou 0,36%, a 6.622,72 pontos. Embora o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido do segundo trimestre tenha sido revisado para cima, mostrando crescimento de 0,9% na comparação com os três meses anteriores – ante aumento de 0,8% na leitura anterior -, o dado aumenta as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) antecipar a alta dos juros básicos. Nos últimos meses, o presidente do BoE, Mark Carney, vem preparando o terreno para a normalização da política monetária no país. Com informações da Dow Jones Newswires.

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