Motoristas de ônibus não descartam nova greve em Mauá

Motoristas e cobradores de ônibus de Mauá deram nesta sexta-feira (29) mais um voto de confiança para a Viação Cidade de Mauá (VCM) e decidiram interromper a paralisação que teve início na tarde da quinta (28).

A greve, deflagrada sem aviso, interrompeu a circulação de ônibus das viações Cidade de Mauá e Suzantur (municipais), além de EAOSA e Ribeirão Pires (intermunicipais).

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A categoria decidiu voltar ao trabalho após receber a garantia de que vai receber as verbas rescisórias– principal reivindicação que levou os funcionários a cruzar os braços.

Caso a palavra não seja cumprida, uma nova greve pode acontecer. “Se a empresa novamente não cumprir com o acordo e não pagar devidamente seus funcionários, nós voltamos à paralisação”, avisou o Sindicato dos Rodoviários do ABC, em nota.

A Viação Cidade de Mauá prometeu que realizaria 50 homologações ainda na sexta-feira, e outras 79 na próxima segunda-feira (1º/9). A empresa alegava falta de dinheiro para não ter feito ainda todas as homologações – argumento que é questionado pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Francisco Mendes da Silva, o Chicão.

“Empresa de ônibus não é Casas Bahia, que você compra pra pagar a longo prazo. O passageiro entrou, não tem cheque, não tem ‘vou pagar amanhã’, o dinheiro chega para a empresa na hora. E outra, quem usa o vale-transporte paga adiantado pra depois viajar. Não tem esse negócio de não ter dinheiro”, critica o sindicalista.

Entenda o impasse
A greve foi causada pelo mesmo motivo da paralisação de 11 de agosto: falta de pagamento de verbas rescisórias. Desde que a Viação Cidade de Mauá foi descredenciada pela prefeitura, no ano passado, motoristas e cobradores da empresa começaram a ser demitidos. Isso porque a Suzantur passou a operar em linhas que antes estavam sob a responsabilidade da VCM.

Alegando falta de dinheiro, o dono da VCM, Baltazar de Souza, atrasou homologações e não pagou as verbas rescisórias. A falta de pagamento provocou uma paralisação de ônibus da VCM e EAOSA (que é do mesmo dono) durante a manhã do dia 11 de agosto. Na época, a greve foi encerrada depois que o empresário garantiu que pagaria os valores devidos.

Parte dos funcionários recebeu os valores, mas outros trabalhadores continuam sem o dinheiro, o que motivou a greve deflagrada na quinta-feira.

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