Santo André doa terreno para APAE e firma convênio

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A prefeitura de Santo André doou para a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) o terreno onde a entidade funciona, na rua Joana Hannes, na Vila Guiomar. A associação atua há mais de quatro décadas no município.

A área era antes concedida por tempo determinado pela prefeitura para a APAE. Com a doação, a Associação poderá agora angariar mais verbas para investimentos na unidade.

“[No caso de uma] concessão [de terreno] não pode, por exemplo, ter uma emenda parlamentar para fazer reforma, porque é um espaço público municipal e só está está emprestado. Como agora é uma propriedade privada, pode receber emendas dos âmbitos federal, municipal e Lei de Incentivo”, avalia o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT). “O custeio para manter essas crianças é extremamente alto”, lembra.

Convênio

Além de doar o terreno, a prefeitura de Santo André assinou nesta terça-feira (15) convênio com a APAE para cooperação técnica e financeira. A administração vai repassar R$ 500 mil ao longo de um ano para a Associação.

Em troca, a APAE vai prestar atendimento às crianças com deficiência mental que estudam na rede municipal. Serão beneficiados também estudantes jovens e adultos excepcionais que participam do EJA (Educação de Jovens e Adultos).

“É uma maneira que nós podemos estreitar o relacionamento entre a gestão pública e uma entidade que presta serviço especializado, que tem expertise no tratamento de pessoas com deficiência intelectual”, afirma o presidente da APAE Santo André, Luiz Augusto Gimenes. “Para que a gente possa levar um pouco do nosso conhecimento para a rede pública e também observando aqueles casos que mereçam uma atenção diferenciada, um tratamento diferenciado que só a APAE sabe oferecer”, avalia.

Em Santo André, todos os portadores de deficiência mental estudam em salas regulares – não há seperação em relação a outras crianças.

O atendimento da APAE previsto no convênio será feito aos alunos na sede da entidade, na Vila Guiomar. A associação atende atualmente 1.200 pessoas, levando em conta 420 portadores de deficiência intelectual e familiares.