Mãe e filho de 3 anos morrem após lancha virar no Guarujá

Uma mulher de 35 anos e o filho dela, de 3, morreram na manhã desta sexta-feira (02/05) em Guarujá, na Baixada Santista, depois que a lancha em que estavam virou perto da Prainha Branca. Os turistas moravam em Suzano (SP) e passavam o feriado no litoral paulista.

Na embarcação estavam outras seis pessoas, que foram resgatadas e passam bem, segundo a Capitania dos Portos de São Paulo. A lancha virou a cerca de dez metros da praia. Apesar da baixa velocidade, ela estava de lado, paralela à onda. O ideal, diz a Capitania, é que, ao se aproximar de uma faixa de areia, o piloto posicione o barco de forma perpendicular às ondas e à praia.

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Com o impacto, algumas das vítimas foram arremessadas para o mar, enquanto outras conseguiram pular antes de a lancha emborcar completamente. Com a força das ondas, a embarcação foi arrastada até a beira da praia.

“Quando desviraram a lancha é que viram que havia a senhora e a criança dentro”, afirmou o capitão dos portos de São Paulo Ricardo Gomes. O menino usava colete salva-vidas, mas ficou preso a um cinto de segurança. A mãe não trajava colete -o acessório de segurança só é recomendado para crianças com até 12 anos de idade.

De acordo com a Capitania dos Portos, o piloto João Bosco Correia de Lima está habilitado para guiar a embarcação, mas não tinha experiência para navegar no local.

Investigação

O órgão abriu inquérito para investigar as causas do acidente. O relatório, segundo Gomes, deverá apontar se houve imperícia, imprudência ou negligência do piloto. Outro fator que pode ter contribuído para o acidente é que a Prainha Branca, por ser de forte arrebentação, não é recomendada para a aproximação de embarcações. Apesar disso, lanchas não são proibidas de navegar ali.

Também será apurado se o cinto que prendeu o menino era improvisado, já que o equipamento não é comum em embarcações desse tipo. As possíveis responsabilidades penais serão investigadas pela Polícia Civil.

Até o início da noite desta sexta, a polícia ainda não havia tomado o depoimento do piloto. A reportagem não conseguiu ouvi-lo. Em janeiro passado, uma turista morreu em Guarujá após ser atingida pela hélice de uma lancha.

O corpo da gerente administrativa Kelly Heyko Kaneda, 41, foi encontrado com cortes nas costas, perto da embarcação.

(Folhapress)

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