O prefeito de São Caetano promete recorrer da multa que foi aplicada na administração por conta do depósito irregular de lixo no bairro Fundação.
Durante a paralisação dos coletores e varredores de lixo, a prefeitura decidiu jogar os resíduos na área onde funcionavam as Indústrias Matarazzo, a céu aberto.
A medida foi tomada porque a paralisação prejudicou o funcionamento do aterro Lara, que recebia todo o lixo de São Caetano. A solução encontrada pela prefeitura foi usar a área como depósito de lixo.
A Cetesb (Companhia de Tecnologia Ambiental) não gostou da atitude e multou a prefeitura em R$ 60 mil.
“Nós vamos recorrer, porque na verdade nós não deixamos o lixo lá. Foi colocado um [plástico] impermeável, jogado do caminhão compactador nesse espaço, e ali mesmo, no mesmo momento, pega-se e joga-se numa carreta. Não foi deixado no local”, justifica Paulo Pinheiro (PMDB).
O prefeito complementa: “Só transportamos de um caminhão para o outro. Só que pra isso tem que deixar no chão para que viesse um trator, pegasse, jogasse na carreta e levasse [o lixo]”.
Lixão Matarazzo
O RD revelou no dia 1º de abril que a prefeitura de São Caetano estava jogando lixo na área onde funcionavam as Indústrias Matarazzo, no bairro Fundação, no limite com o município de São Paulo. A área está contaminada por resíduos industriais lançados ao longo dos anos.
Questionada pelo RD na época, a administração reconheceu que o local estava sendo usado como depósito de resíduos.
“Como o aterro sanitário de Mauá que recebe o material permanece fechado, a Prefeitura, em caráter EMERGENCIAL e PROVISÓRIO, está depositando o material no terreno da antiga indústria Matarazzo”, dizia a nota.
“É importante salientar que esta é uma medida emergencial, para evitar o acúmulo de lixo nas ruas da cidade – o que ofereceria riscos à saúde da população. Como o terreno onde o material está sendo depositado é fechado, ele foi escolhido para receber o material enquanto o aterro sanitário não voltar a funcionar”, informou a prefeitura na época.