Polícia pede quebra de sigilo de Calixto

Calixto acredita que quebra de sigilo vai provar sua atuação no Semasa / Foto: Forlan Magalhães

A Polícia Civil protocolou nesta quarta-feira (13/06) pedido para quebra do sigilo telefônico do advogado Calixto Antônio Júnior.

A decisão foi tomada pelo delegado Gilmar Bessa, responsável pelas investigações, após depoimento de Calixto na última segunda-feira (11/06).

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O objetivo da medida cautelar é comprovar as declarações do advogado, que afirmou à Polícia que mantinha contato com o prefeito Aidan Ravin e o assessor Antônio Feijó sobre o suposto esquema de corrupção no Semasa.

Antes de a Justiça decidir pela quebra do sigilo, o pedido passará pelas mãos do Ministério Público, que vai analisar a pertinência da solicitação. Não há previsão para que a quebra seja autorizada.

O delegado Gilmar Bessa solicitou ainda os dados cadastrais dos números de telefone apresentados por Calixto, que seriam de propriedade do prefeito e de assessores.

“É pra saber quem está falando a verdade. Não existem duas verdades”, resume o delegado Gilmar Bessa.

Se autorizada, a quebra de sigilo se tornará peça-chave na investigação, pois poderá comprovar a relação de Calixto com integrantes do governo. A maioria das conversas teria ocorrido entre Calixto e Antônio Feijó, que nega conhecer o advogado.

“A quebra de sigilo vai provar minha presença lá, que eu tomava conta do Semasa sem ser funcionário, que eu aprovava os documentos. Vai provar que as pessoas que falaram que não me conhecem, na verdade me conhecem”, afirma Calixto Antônio Júnior. De acordo com o advogado, em apenas um dia houve 30 ligações entre ele e Feijó.

Depoimentos – Na próxima semana a Polícia vai ouvir representantes de empresas que teriam sido achacadas no suposto esquema de corrupção do Semasa, como Brookfield, Emparsanco e Construban.

A decisão sobre a criação de uma nova CPI para investigar as denúncias está nas mãos da Justiça. O pedido de liminar feito pela oposição foi negado. O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santo André, Carlos Aleksander Romano Batistic Goldman, solicitou o envio de documentos como o regimento interno da Câmara para embasar a decisão.

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