Qualidade do SUS fica abaixo da média nacional em cinco cidades do ABC

A maioria das cidades do ABC obteve nota abaixo da média nacional no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS). O indicador foi elaborado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de medir a qualidade do serviço público de saúde oferecido em todo país.

Cada cidade recebeu uma nota, que poderia variar de 0 a 10. Para chegar ao valor, o Ministério da Saúde levou em consideração itens – 24 no total – como proporção de nascidos vivos, óbitos nas internações por infarto agudo do miocárdio e número de partos normais.

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O pior desempenho do ABC foi registrado em Ribeirão Pires, que obteve nota 3,75. No estado de São Paulo somente o município de Rio das Pedras alcançou nota mais baixa.

O destaque positivo foi Diadema. A cidade alcançou nota 6,44, a melhor do ABC. “Diadema se destacou na efetividade, que é constatação de que aquilo que está sendo feito na saúde está se transformando em melhores condições para a população”, explica a secretária de saúde de Diadema, Aparecida Pimenta.

São Caetano teve o segundo melhor desempenho entre as cidades do ABC, alcançando indicador 6,20.

“Os dados não impressionam”, revela o vice-presidente da regional de São Bernardo da Associação Paulista de Medicina, João Eduardo Charles. “Diadema é uma das cidades que tem uma tradição de discussão do serviço de saúde pública há muitos anos, embora não seja a cidade mais rica da região”, avalia. “São Caetano é muito organizada. Em todas as áreas a cidade será bem avaliada”.

Abaixo da média
A média de qualidade do SUS medida pelo indicador chegou a 5,47 no país, de acordo com o Ministério da Saúde. Das sete cidades do ABC, cinco ficaram abaixo deste valor.

São Bernardo teve nota 5,17. Em Santo André, a nota foi de 4,68. Os indicadores de Mauá e Rio Grande da Serra foram 4,61 e 4,52, respectivamente.

Coordenador do GT Saúde do Consórcio e secretário de saúde de São Bernardo, Arthur Chioro aponta que a gestão dos recursos reflete no desempenho. “É importante reconhecer que os municípios investem em saúde muito acima do que é obrigatório. A resposta é muito mais como se aplicam os recursos”, avalia.

Chioro explica, no entanto, que os valores não refletem necessariamente o quadro atual da saúde pública no ABC – até porque os dados analisados compreendem o período entre 2007 e 2010. “A ferramenta de avaliação que o ministério construiu procura refletir um processo”, afirma.

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