É possível sentir prazer com a camisinha feminina

Fabricada no formato de grande bolsa de poliuretano, método não reduz a sensibilidade (Foto: Stock.Xchng)

Grande parte da população desconhece as camisinhas femininas, mas o método que veio com o intuito de tornar a mulher responsável por cuidar da contracepção não impede que a relação sexual seja prazerosa para o casal.

Fabricada no formato de uma grande bolsa de poliuretano, plástico mais macio que o látex, presente na camisinha masculina, o método não reduz a sensibilidade. “A imagem de desconforto não passa de mito”, explica Rogério Bonassi, membro da Sogesp (Associação de Obstetricia e Ginecologia do Estado de São Paulo).

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Outro impasse para a implantação da camisinha feminina é o preço. Enquanto a masculina é distribuída gratuitamente nos postos o método para as mulheres pode custar até R$ 10 o pacote com três unidades.

Entretanto Oswaldo Martins, psicólogo e terapeuta sexual do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade) afirma que muitas vezes o uso da camisinha fere limites pessoais das mulheres. “A mulher tem que conhecer seus limites pessoais, pois se a camisinha ferir algum destes limites ela não a usará e a tratará como um produto negativo”, conta.

Como usar
A utilização do preservativo não tem segredos. A colocação é intra vaginal e funciona como se fosse um diafragma – outro método contraceptivo. “Uma mulher que usa o absorvente interno consegue utilizar facilmente”, garante Bonassi.

Primeiro a mulher tem de achar uma posição confortável, depois segurar a camisinha com o anel externo pendurado para baixo. O anel interno deve ser introduzido na vagina e empurrado o mais fundo possível até cobrir o colo do útero.

O anel externo deve ficar pelo menos 3 cm para fora e serve para prevenir possíveis DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). De acordo com Martins o uso do preservativo feminino depende do quanto a mulher conhece o próprio corpo. “Para usar a camisinha feminina, a mulher terá de desenvolver um grau de confiança consigo mesma e de conhecimento do próprio corpo”, conclui. (Colaborou Larissa Marçal)

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