Jobim quer renúncia de Zuanazzi e já planeja nova Anac

O governo não aposta mais na renúncia coletiva da cúpula da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas, site depois da saída de Denise Abreu, recipe o ministro da Defesa, Nelson Jobim, também quer a entrega do cargo do presidente da Anac, Milton Zuanazzi. A esperada renúncia dele é o que Jobim, em conversas com o Palácio do Planalto e interlocutores do ministério, chama de ?segundo tempo? da arrumação na Anac. Denise deixou a agência na sexta-feira.

Para o governo, a saída de Denise e Zuanazzi, os dois diretores mais conhecidos da Anac, abriria espaço para o Ministério da Defesa mudar a correlação interna de poder. Os novos indicados e o brigadeiro Jorge Velozo, diretor de Segurança Operacional, Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticas, que é mais próximo do comando da Aeronáutica, teriam maioria no colegiado.

Newsletter RD

Na ótica da Defesa, a falta de empenho para exigir a solução imediata de problemas impediu que a Anac agisse para evitar uma tragédia no Aeroporto de Congonhas como a ocorrida em 17 de julho com o Airbus da TAM, que deixou 199 mortos.

O ?segundo tempo? da reformulação da Anac não pode ser muito demorado. O ideal para o governo, apurou o jornal O Estado de S.Paulo, é que tudo esteja resolvido até o fim de setembro. Entre as mudanças já definidas que serão apresentadas por Jobim ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva esta semana está a criação da Secretaria de Aviação Civil.

Hoje está prevista a publicação, no Diário Oficial, da abertura de processo administrativo contra a Anac. Ela vai apurar se a agência enganou a Justiça, usando um documento sem validade legal, para evitar a interdição de Congonhas.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes