Billings vai socorrer bairros da Capital a partir de abril

A estimativa é que 500 litros por segundo possam entrar a partir do mês que vem”, explica o superintendente de Negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza. (Foto: Pedro Diogo)

A represa Billings, que atende moradores de Diadema, São Bernardo e parte de Santo André, segue na mira da Sabesp como um dos pilares para evitar o colapso do abastecimento na região metropolitana. A partir de abril, a empresa vai utilizar água do Rio Grande (braço da represa onde a água é mais limpa) para abastecer bairros da Zona Sul da capital.

Serão diretamente beneficiados com a medida moradores dos bairros Americanópolis e Pedreira, que ficam na divisa com Diadema. Obras estão sendo feitas na cidade para permitir o envio de água para a Capital.

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“Estamos realizando obra que vai permitir a interligação para atender alguns bairros da região de Americanópolis. A estimativa é que 500 litros por segundo possam entrar a partir do mês que vem”, explica o superintendente de Negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza. A expectativa da empresa é que 250 mil pessoas dos dois bairros, que antes eram atendidas pelo Guarapiranga, passem a receber água pela Billings.

A companhia estadual garante que os munícipes da região podem ficar tranquilos. “Não vai prejudicar o atendimento a moradores do ABC. Isso faz parte do plano. O sistema é integrado e isso vai melhorar a transferência de água para o Cantareira”, afirma Roberval Tavares de Souza.

Caixas dágua
A Sabesp vai distribuir caixas dágua em Diadema para famílias de baixa renda. A medida, já adotada na Capital, faz parte da estratégia da empresa para combater a crise hídrica e minimizar os efeitos do desabastecimento.

Serão beneficiadas famílias com rendimento mensal de até 3 salários mínimos. O número de moradores que vai participar do programa não está definido porque a Prefeitura ainda vai realizar cadastro para saber que munícipes se encaixam nesse perfil.

“A Sabesp já tem um levantamento prévio, com base em todos os indicadores paulistas de vulnerabilidade social. Por meios dos nossos técnicos a empresa visita o local, identifica se a família não tem a caixa dágua e entrega para os nossos clientes”, afirma o superintendente de Negócios Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.

Com o advento da crise hídrica e a estratégia da Sabesp em reduzir pressão da água em determinados horários, quem não tem caixa dágua fica vulnerável, com grande chances de ficar com as torneiras secas em algum momento do dia. Cada equipamento que a Sabesp vai distribuir tem a capacidade de armazenar 500 litros.

Problemas
A distribuição das caixas dágua já ocorre na Capital. A medida foi bem-vinda, mas muitos moradores que foram beneficiados não conseguiram fazer a instalação. Outros não tinham espaço para abrigar o equipamento.

De acordo com a Sabesp, o objetivo do programa é que cada família tenha um espaço extra adequado para o armazenamento – não importa onde estiver instalado.

“A caixa tem que ser usada como armazenamento de água para consumo. Então, não precisa se instalada em cima, pode ser no chão. Instalada no chão, o único investimento que o morador precisa fazer é ligar seu cavalete, por meio de uma mangueira, na sua caixa dágua”, afirma o superintendente regional da Sabesp, Roberval Tavares de Souza.

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