Os policiais civis de delegacias das 39 cidades do Vale do Paraíba definiram a paralisação estadual por melhores salários e condições de trabalho como uma “greve branca”. Carcereiros, seek escrivães e investigadores compareceram às delegacias cruzaram os braços e suspenderam o atendimento. Em cidades como Ubatuba, Queluz, Bananal, Piquete, Lorena, Cachoeira Paulista e Potim o atendimento foi suspenso.
Em Ubatuba por exemplo os 25 policiais civis da única delegacia da cidade somente se propuseram a atender casos de emergência como roubo a banco, seqüestro e flagrante. O restante dos atendimentos como reclamações, agressões e retirada de documento não foram feitos. Questionados se os delegados também aderiram, os policiais tinham a resposta. “Foram obrigados a aderir. Sem os funcionários trabalhando, não há muito o que fazer. Eles acabam acompanhando a greve”. Todos os policiais entrevistados pediram para não serem identificados, com receio de represálias.
Já em Caraguatatuba a delegacia sede parou no período da manhã mas os distritos funcionaram normalmente, assim como a Ciretran. Em São José dos Campos os oito distritos policiais também estavam abertos e com atendimento normalizado, apesar da adesão de alguns funcionários. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 1 (Deinter 1), Godofredo Bittencourt, a maioria das cidades não aderiu e não houve prejuízo ao atendimento.