Projeto que atende 240 deficientes pode acabar em Santo André

O custeio anual do projeto – cerca de R$ 900 mil – era feito pelo governo estadual por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, disse Carlos Santos, um dos responsáveis pela condução do Nanasa.

O Nanasa (Núcleo de Apoio à Natação Adaptada de Santo André), que atende atualmente 240 alunos de toda a região do ABC, inclusive de São Paulo, está com os dias contados.

Com 12 anos de existência e um histórico de atender mais de 2500 alunos, o projeto sofre com a ausência de investimento e está com a seqüência inviabilizada por razões financeiras.

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O custeio anual do projeto – cerca de R$ 900 mil – era feito pelo governo estadual por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Porém, sem maiores explicações, ao assegurar a verba para o próximo período, a gestão estadual reduziu pela metade o investimento. “Isso inviabiliza nossa ação”, disse Carlos Santos, um dos responsáveis pela condução do Nanasa.

Como um dos itens da Lei de Incentivo Paulista prevê exclusiva no aporte financeiro do projeto, não é possível recorrer a outra fonte para dividir o custeio. Neste caso, para seguir com vida, o Nanasa precisa do investimento total de um parceiro que aporte os R$ 900 mil.

“Tentamos junto ao Consórcio Intermunicipal fazer essa divisão entre os sete municípios. Daria cerca de R$ 13 mil por mês para cada cidade, mas eles acharam caro”, destacou.

A parceria com o governo estadual expira no próximo dia 29 de agosto. Se até lá nenhuma solução for encontrada, o projeto vai acabar. “Uma alternativa, e nós estamos tentando isso, e garantir os atendimentos de Santo André, uma vez que a prefeitura arca com a manutenção física do espaço”, disse Carlos Alberto Santos.

Neste formato, seriam atendidos 120 alunos – metade do atendimento total de hoje – e a prefeitura repassaria para o Nanasa R$ 600 mil ano – R$ 50 mil mensais. A verba seria para o atendimento dos alunos e a manutenção da equipe de colaboradores que conta com um coordenador, seis professores, 24 estagiários (divididos em três turnos) e um profissional administrativo.

Procurado pela reportagem, o secretário estadual de Esportes, José Auricchio Júnior disse que o secretário-adjunto, Clóvis Volpi, era o responsável pela discussão de temas relativos à Lei de Incentivo do Esporte. Volpi não foi localizado pela reportagem.

Prefeitura diz que Nanasa não pode acabar

O secretário de Relações Institucionais e Projetos Especiais, Tiago Nogueira, disse que a prefeitura tem total interesse na seqüência do projeto e que está buscando alternativas para não interromper o serviço. “É um trabalho excelente. Devemos ter uma reunião nos próximos dias. Fomos pegos de surpresa com essa redução do governo do Estado. No ano passado o Grana falou com o Auricchio e o problema foi resolvido. Não podemos deixar o Nanasa acabar”, disse. 

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