Silvio Luiz quer voltar ao Azulão

Foto: Rodrigo Lima

A série de entrevistas Feras no ABC, publicada semanalmente pelo RD, conversou com um ídolo do São Caetano. Goleiro titular na melhor época da história do Azulão, Silvio Luiz conta detalhes de sua carreira, marcada por momentos de alegria – como o vice-campeonato da Taça Libertadores -, e também de tristeza, como o acidente que sofreu em 2008, quando quase perdeu a vida. O ex-arqueiro já teve passagens por Vasco, Corinthians e até a Seleção Brasileira. Agora, Silvio Luiz quer engrenar sua carreira como preparador de goleiros, e garante que tem o sonho de voltar a atuar no Azulão. A entrevista está disponível na íntegra no RDTV.

RD: Apesar de ser carioca, você começou no Mirassol, time do interior paulista. Como foi esse seu começo de carreira?

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Silvio Luiz: Fiz toda minha base no Flamengo, depois fui para o São Carlense. No ano seguinte fui para o Mirassol, já com empresários. A passagem foi curta, pois meu trabalho interessou ao São Caetano. Em 1998 me apresentei no Azulão e a partir daí só foi sucesso e alegria, até 2005.

RD: Este momento é considerado por muitos o melhor na sua carreira, que coincide também com uma fase de ouro da história do São Caetano. O que representa essa passagem no clube para você?

Silvio Luiz: Chegamos com o propósito de conquistar o topo, que era a série A1 do Campeonato Paulista e a Série A do Brasileiro. Aos poucos chegamos aos nossos objetivos. Depois conquistamos vice-campeonatos, títulos e até vaga na Seleção Brasileira como foi meu caso. Um projeto muito bacana que gerou coisas boas ao São Caetano.

RD: Além da Seleção, você teve passagens por Corinthians e Vasco. Você considera que foram passagens importantes na sua carreira, apesar de não ter conseguido o sucesso que imaginava nestes clubes?

Silvio Luiz: Quando eu negociei com o Corinthians, eu desejava ficar no São Caetano. Mas foi um negócio bom para o clube, e gerou muita verba. Não fui feliz na minha passagem por lá. No Vasco fui até bem, mas são apostas que podem ou não dar certo. Mas estou feliz com a minha carreira, e de marcar meu nome na história do São Caetano.

RD: Após esse brilhante momento, você sofreu o acidente em 2008 e chegou a ficar três meses em coma. Isso foi o que atrapalhou sua carreira?

Silvio Luiz: Verdade. Estava com 29 anos, tinha acertado com o Boa Vista e em um momento bom na carreira. Mas são lições de vida, a gente pensa que só acontece com as outras pessoas, mas aconteceu comigo. Agradeço por estar vivo, pois muitos sofrem acidente e ficam com sequelas sérias. Mas tive apenas que recuperar o ombro, um ano e meio de recuperação e consegui voltar. Alguns médicos falavam que não voltaria, mas provei que ainda era possível e consegui.

RD: Você parou no São Gonçalo em 2012. Como foi para você encerrar a carreira?

Silvio Luiz: Na verdade eles que param com a gente. No momento em que não recebemos convites de clubes tradicionais começa encher o saco. É melhor parar do que ir para clubes que não tem condições nenhuma para jogar.

RD: Você fez um trabalho de preparador de goleiros no Búzios, do Rio de Janeiro. Como que está a preparação para essa nova etapa da carreira, atuando em uma nova área dentro do futebol?

Silvio Luiz: No Búzios fiz um trabalho com o Ronaldo, irmão do Romário, que foi meu companheiro de clube. Fiquei até surpreso pelo trabalho que foi feito, pois não é a mesma coisa você jogar e comandar. Agora no São Caetano vou fazer um estágio, e me aprimorar e aprender mais na profissão. Espero que mais para frente possa ter o mesmo sucesso que tive como jogador.

RD: A vontade é exercer essa profissão no São Caetano?

Silvio Luiz: Não tenho nem o que dizer. Fiz muitos amigos aqui. Agora que retornei a São Caetano fui muito bem recebido. Quem decide é Deus, o importante é que estou nesse estágio, e que será importante para a minha carreira.
 

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