Metalúrgicos anunciam greve em Mauá

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Cerca de 120 trabalhadores da empresa GT do Brasil, instalada no bairro Sertãozinho, em Mauá, decidiram durante assembleia nesta quinta (21/11) entrar em greve por tempo indeterminado.

O estopim para a paralisação, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, diz respeito ao abono emergencial. “No ano passado os trabalhadores chegaram a conquistar até R$1,4 mil. Porém, neste ano, nada avançou nas negociações. Por isso, por unanimidade, os trabalhadores decidiram pela greve”, disse o tesoureiro Adilson Torres dos Santos, o Sapão.

Até o início da próxima semana, mais 1 mil trabalhadores poderão fazer o mesmo, pois a mesma discussão é feita em outras empresas como a Polimetri, Jardim Sistemas, Maxion e Prysmian.

Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres dos Santos, o Sapão, em entrevista ao RDtv, isso ocorrerá se o setor patronal mantiver a resistência em repetir o abono e emergencial conquistado no ano passado.

“Pelo que estamos percebendo, eles querem dar apenas o que está garantido na convenção, ou seja, 20%. Se eles deram até R$1,4 mil em 2012, por que não podem dar este ano também?, questiona.

O sindicato já encaminhou ofício para as empresas comunicando da possibilidade de greve. ” Os trabalhadores contam com esse abono”, emenda o sindicalista. Recentemente, a categoria conquistou aumento real de 2%, além da reposição da inflação que estarão incorporados no salário a partir de janeiro de 2014.

Desde 2004, o sindicato juntamente com os trabalhadores tem conquistado aumento real nas campanhas salariais.

Autopeças

Segundo Sapão, um dos setores que exige maior atenção hoje é o de autopeças, pois a maior parte das peças é importada, o que reduz a competitividade da indústria nacional. “Precisamos discutir a fixação de um índice do carro que seja feito por peças nacionais de no mínimo 50%”, projeta.