ABC tem 524 famílias morando em áreas de risco

Das 524 unidades em situação crítica, 18 estão localizadas em São Bernardo, 40 em Diadema, 63 em Mauá, 37 em Ribeirão Pires e 146 em Rio Grande da Serra.

Das aproximadamente 2,5 mil famílias instaladas em áreas de risco alto e muito alto (R3 e R4, segundo classificação técnica) no ABC, pelo menos 524 ocupam moradias em pontos críticos e precisarão ser removidas neste final do ano, por conta do início do período de fortes chuvas. Os números foram apresentados pela equipe de Gestão de Riscos, durante assembleia mensal do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, realizada na manhã desta segunda (4).

Administrada pelo petista Carlos Grana, Santo André lidera no número de residências em áreas de risco. São cerca de 220 famílias em situação crítica, montante equivalente a 42% do total. Em entrevista exclusiva ao RD (assista ao vídeo ao lado), Grana comenta o assunto e destaca, ainda, que projeta construir mais 5 mil unidades habitacionais até o final de seu mandato, em 2016.

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Os prefeitos da região decidiram solicitar uma reunião de emergência com representantes da Defesa Civil e Secretaria de Habitação do Estado, capitaneada por Silvio Torres, visando estabelecer parceria para a remoção preventiva dessas famílias e a obtenção de recursos para auxílio moradia e construção de unidades habitacionais destinadas a receber esses moradores.

Das 524 unidades em situação crítica, 18 estão localizadas em São Bernardo, 40 em Diadema, 63 em Mauá, 37 em Ribeirão Pires e 146 em Rio Grande da Serra. “A solicitação para a remoção prévia está na lista de demandas que apresentamos para o governador Geraldo Alckmin (em 24 de outubro). O ideal seria remover essas 2.500 unidades, para garantir que não haja uma tragédia”, comentou o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

A retirada das famílias das áreas de risco já havia sido tema de encontro de prefeitos da região com o secretário estadual de Habitação, Silvio Torres, durante sua visita ao município de Diadema, em 19 de setembro. Na ocasião, o secretário se comprometeu a pautar o assunto com o governador.

Os números até agora levantados pelo Grupo Temático apontam 2.288 moradias em R4 (risco alto) ou R3 não consolidável, que são as unidades de risco alto que podem evoluir para risco muito alto. A estimativa de 2,5 mil unidades, no entanto, leva em conta que os números ainda estão sendo consolidados com o trabalho do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), contratado pelo Consórcio para elaborar os Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRR) de Santo André, São Caetano do Sul, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A previsão é de conclusão dos Planos no início de 2014.

Para o aluguel social, o pleito do ABC junto ao governo do Estado atinge aproximadamente R$ 10,5 milhões/ano, por um período estimado de três anos, enquanto as novas moradias são construídas. Já para a construção de aproximadamente 1.900 unidades destinadas às famílias que ainda não estão contempladas em projetos habitacionais, o recurso chega a R$ 181 milhões.
 

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