Curso reconhecido é diferente de autorizado

Dra.Maria Luísa alerta que é preciso dar preferência a quem oferece qualidade / Foto:Rodrigo Lima

Quem planeja cursar faculdade deve observar antes se a instituição é credenciada no Ministério da Educação (MEC), se está apta a exercer seu papel de formadora de profissionais. Além disso, é necessário saber se os cursos oferecidos são reconhecidos ou autorizados. Isso ajuda a evitar problemas depois.

A diferença entre os dois modelos é que o curso reconhecido é consolidado, a instituição possui autorização definitiva do Ministério para funcionar, por estar dentro dos padrões exigidos. Quando o curso é apenas autorizado, significa que a instituição tem prazo para a regularização. Até aquela data, a escola só tem autorização para exercer o curso. O estudante pode verificar estas informações no próprio site da faculdade ou no do MEC.

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Maria Luísa Monteiro Canale, presidente da Comissão OAB vai à Escola, de Santo André, explica que, geralmente, as faculdades de pequeno porte, cursos tecnólogos ou a distância são apenas autorizados. “O curso passa a ser reconhecido após a formação da primeira turma, porém o MEC faz uma vistoria em todas as faculdades a cada dois anos, para que não haja falhas”, afirma a advogada.

Maria Luisa alerta que, muitas vezes, o estudante se preocupa muito mais com o preço do curso pretendido e, por isso, acaba optando pelo autorizado. “O aluno costuma ir atrás do custo-benefício e se esquece de ponderar a qualidade da faculdade.”

A advogada ensina ainda que a faculdade deve esclarecer ao interessado se o curso é reconhecido ou autorizado. Na falta da informação, o estudante deve procurar o Procon. Há também caso de a faculdade contratar outra instituição para expedir o diploma reconhecido.

“Quando isto ocorre, a autorizada contrata uma reconhecida que tenha o mesmo curso, para que o aluno saia com o diploma com reconhecimento pelo MEC e não seja prejudicado, mas ambas têm de verificar a grade horária. Caso tenha aula pendente, o estudante a faz sem pagar nada e retira o diploma”, aponta.

Mercado
Uma das grandes dúvidas que pode passar pela cabeça do estudante na hora de optar por um curso de ensino superior reconhecido ou autorizado pelo Ministério da Educação é saber como o mercado de trabalho enxerga essa distinção.

De acordo com o Centro de Integração Escola-Empresa (CIEE) – instituição com quase 50 anos de existência, que seleciona estudantes do nível médio, técnico e superior para o mercado – o aluno que opta pelo curso apenas autorizado pelo MEC não fica atrás de quem decide ingressar em um curso reconhecido. Na hora de direcionar o estudante para uma vaga, outros itens em seu currículo se sobrepõem.

(Colaborou Gabriela Duarte)
 

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