Grana e Marinho apoiam expandir a gestão da Fundação do ABC

Em entrevista ao RD, Mindrisz destacou que um de seus desafios é justamente tentar afinar o diálogo com as cidades do ABC.

Administrada por Santo André, São Bernardo e São Caetano, a Fundação do ABC (FUABC) pretende estender, até o final de 2013, sua gestão a outras cidades parcerias, “sobretudo da região do ABC”. A meta foi revelada pelo atual presidente da instituição, Maurício Mindrisz, ao RD. Questionados pela reportagem, os prefeitos Carlos Grana (Santo André-PT), Luiz Marinho (São Bernardo-PT) e Paulo Pinheiro (São Caetano-PMDB) dividiram opiniões sobre o assunto.

Entre os prefeitos petistas, há consenso sobre convidar Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires a fazerem parte do conselho gestor da FUABC. No entanto, os três prefeitos do ABC descartaram a possibilidade de expandir o controle da instituição à Baixada Santista, por exemplo, ainda que alguns municípios da região litorânea tenham equipamentos de saúde assistidos pela Fundação.

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“Essa é a minha diretriz a ele (Mindrisz), como meu representante na direção da Fundação: que busque ampliar a gestão a outras cidades do ABC. Baixada Santista, necessariamente, não, pois o foco da Fundação é olhar bem a nossa região”, pontuou Marinho, que também preside o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. O órgão que reúne os sete prefeitos da região foi citado por Carlos Grana como fator propulsor para sacramentar a ideia. “Temos um foco, que é priorizar o ABC. Se expandir demais, eu não seria favorável”, declarou.

O comandante do Palácio da Cerâmica foi o único mandatário com poder de decisão sobre a Fundação que rechaçou qualquer mudança nos rumos do organismo. “Sou absolutamente favorável a que tudo continue do jeito que está”, resumiu Pinheiro. O peemedebista deve indicar o substituto de Mindrisz para a presidência da FUABC no próximo ano. A expectativa é de que o vice-presidente da entidade, Marco Antônio Santos Silva, seja o eleito. O médico atua na administração de Pinheiro como secretário de Governo.

Em entrevista ao RD, Mindrisz destacou que um de seus desafios é justamente tentar afinar o diálogo com as cidades do ABC que ainda não firmaram parceria com a Fundação. “Ano passado, fiz esforço em Diadema, com o ex-prefeito Mário Reali, e em Ribeirão Pires, com o Clóvis Volpi, mas sem sucesso. Hoje, com o Saulo Benevides, conseguiremos realizar atendimentos em Ribeirão, e estamos conversando com o secretário de Saúde de Diadema (José Augusto Ramos)”, afirmou.

O dirigente disse ainda que a mudança no estatuto, que inclui dispositivos para expandir a participação de outras cidades no conselho gestor, já está em curso. A alteração, na avaliação de Mindrisz, faz sentido porque, apesar de ser gerida apenas por três municípios, a FUABC tem parceria com várias outras cidades. “Mauá, por exemplo, tem papel importante, mas o nosso conselho gestor tem 21 membros e Mauá não participa. Estender essa participação é um dos meus desafios até o final do ano.” 

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