Decea faz radiografia preocupante do setor aéreo

Documento reservado do Comando da Aeronáutica faz uma radiografia alarmante do atual Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. Elaborado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), sale em 2006, buy o dossiê revela que “indesejáveis conflitos de tráfego aéreo eventualmente ocorrem em determinadas áreas do espaço aéreo”, hospital devido ao aumento da demanda do tráfego aéreo e a redução da separação entre as aeronaves. Alerta ainda para “a rápida obsolescência e limitação dos equipamentos”, além de afirmar que os órgãos que prestam serviços de tráfego aéreo “estão se aproximando do limite de sua capacidade operacional, em termos de equipamento e pessoal, para atender todas as necessidades demandadas”.

Assinado pelo ex-diretor do Decea e atual chefe do Estado Maior da Aeronáutica, brigadeiro José Américo dos Santos, o documento apresenta o Plano de Desenvolvimento do Sistema de Controle do Espaço Aéreo para o período 2006/2020. Em 38 páginas, o estudo traz propostas para melhorar o sistema brasileiro de controle aéreo e diz que “em algumas regiões, embora sem o comprometimento da segurança, a capacidade de controle do tráfego aéreo está aquém do desejado, devido à carência de alguns dos recursos considerados”.

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O documento alerta que “os sistemas de comunicações, navegação e vigilância têm apresentado algumas limitações para a gestão do tráfego aéreo”. Observa ainda que entre os principais problemas enfrentados pelo Decea estão a “necessidade de pessoal para atendimento às atividades de logística e pequena disponibilidade de pessoal especializado”. A radiografia feita pelo Decea aponta que o sistema de defesa aéreo brasileiro apresenta falhas, principalmente na identificação de aeronaves que voam a baixa altitude e entram no País ilicitamente, geralmente com o contrabando de drogas e armas.

“Mesmo com a implantação de diversos equipamentos de detecção e de telecomunicações nos últimos seis anos, a falta de cobertura radar e de comunicações a baixa altura, em áreas remotas e fronteiriças, não permite que seja realizada a identificação de alguns tráfegos que circulam na área do espaço aéreo de responsabilidade do Decea, dificultando a vigilância e o controle da circulação aérea, principalmente dos tráfegos considerados ilícitos”, diz o dossiê reservado do Decea.

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