Mauá lança PPA Participativo

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Com 14 plenárias previstas em todas as regiões da cidade e visando ao atendimento das demandas de 42 bairros, a Prefeitura de Mauá lançou nessa terça-feira o PPA (Plano Plurianual Participativo), que a exemplo de São Bernardo e Santo André, pretende direcionar a partir da participação dos moradores os investimentos para os próximos três anos. Segundo o prefeito, Donisete Braga (PT), a ferramenta é decisória e fundamental para o futuro de Mauá. “Tudo é prioridade, mas temos um orçamento e uma receita para organizar a vida do cidadão. A discussão do PPA, assim como a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) faz parte dos principais processos decisórios de uma gestão, não só para a Câmara, que vai dar a última palavra. Estou acreditando muito nesse debate. Além de compartilhar com o cidadão os programas até 2017, será um grande instrumento pra orientar o governo sobre as principais políticas públicas de nossa cidade”, ressalta Braga.

O prefeito já elenca as principais áreas de demandas. “Já temos nos dedicado bastante a melhorar Saúde, Transporte e o cuidar da cidade. Estamos avançando para um novo modelo do transporte coletivo. Precisamos melhorar o acesso, garantir o conforto, acesso e integração, por exemplo”, adianta. Outro programa que vem ganhando atenção é o “Nossa Mauá Cidade Limpa”, que segundo o chefe do Executivo, pretende educar o governo e as pessoas sobre a limpeza da cidade e a presença do poder público na vida do cidadão, ao longo dos próximos anos.

Saúde

Uma das maiores reivindicações da população de Mauá sempre esteve voltada para a Saúde. Área em que Donisete Braga já enumera investimentos, como o aporte ao governo do Estado no hospital Nardini. “O governador Geraldo Alckmin (PSDB) visitou a cidade e anunciou R$ 1 milhão para o Nardini. Nunca tivemos ajuda do governo estadual. É a primeira vez que isso acontece. Também conquistamos mais R$ 6,5 milhões para reforma do Pronto Socorro. Temos ainda recursos de uma emenda parlamentar no valor de R$ 4 milhões para a reforma da maternidade, inclusive para comprar equipamentos”, anuncia.

Com a inauguração da quarta UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no próximo sábado, Mauá completa o número de equipamentos em parceria com o governo Federal. “Seguimos o que preconiza a Organização Mundial de Saúde. Para os 425 mil habitantes, as quatro UPAS vão atender a todas as principais regiões da cidade”, enfatiza.

O prefeito também adianta uma discussão regional para equiparar os salários de médicos. “Estamos discutindo via Consórcio Intermunicipal do Grande ABC o padrão salarial dos médicos. O que se ganha em São Caetano, será o mesmo que Mauá vai pagar”, destaca.

Habitação e dívida

Habitação é um dos focos de investimento da Prefeitura, com projeto para entrega de três mil moradias, segundo o secretario de Relações Institucionais, Rômulo Fernandes. “As tratativas para esse semestre são de 890 moradias no bairro do Feital. Isso será feito através de cooperação entre um movimento de interesse social, que cuida da Habitação. Metade das moradias vai atender a esse movimento e a outra metade às demandas do município, inclusive para pessoas que moram em área de risco. Até o final de 2014, vamos entregar pelo menos esse número de moradias”, relata.

O secretário pontuou também a renegociação da dívida do município com a União, avaliada em cerca de R$ 568 milhões. “Deve baixar em quase R$ 200 milhões. Ações como essa não tem resultado palpável a curto prazo, mas a longo, com dinheiro a mais nos cofres e crédito na praça para aplicar em outras áreas, vai possibilitar muitos projetos”, ressalta Rômulo.

Segundo o prefeito, o acordo será configurado nos próximos dias e representa uma negociação histórica sobre uma dívida de 22 anos do município. “Estamos discutindo com o Tesouro da União e a Caixa Econômica Federal. Estamos saneando uma pendência a juros do momento, o que vai dar ao município liquidez, credibilidade, fora o número de projetos e programas que estamos firmando com os governos Estadual e Federal. Considero que estamos fazendo uma administração realizadora nesses seis meses”, finaliza Braga.