Santo André prevê novos equipamentos de Saúde, revela Alberto de Souza

O déficit deixado pelo antecessor, Aidan Ravin (PTB), de cerca de R$ 110 milhões, é o grande desafio segundo Alberto de Souza.

Um conjunto de obras e equipamentos deverá marcar os próximos anos da gestão do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT). A partir das plenárias do PPA (Plano Plurianual Participativo), Habitação e Saúde foram eleitas como prioridades nos investimentos, segundo o secretário de Orçamento e Planejamento, Alberto de Souza, em entrevista à RDtv.

As duas áreas vão concentrar esforços da Administração para cumprir as metas do Plano de Governo petista, que inclui, para este ano ainda, pelo menos mil moradias e cinco UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), além de um cronograma ousado de equipamentos, dentre eles, um Centro de Diagnósticos e um hospital.

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“A população das 20 plenárias regionais e setoriais que realizamos atingiu mais de sete mil pessoas. Percebemos que elas estavam dispostas a participar. Debatemos os temas e podemos planejar a cidade para os próximos quatro anos por meio dessas diretrizes”, avalia Alberto. 

Habitação, área mais discutida no PPA, recebeu até revisão de metas. “Temos no Programa de Governo a demanda de três mil unidades. Revisamos para cinco mil nessa gestão, com base nos projetos em andamento, ainda da época do ex-prefeito João Avamileno, alem de outras paradas na gestão do Aidan Ravin. Retomamos esses projetos. Uma parte já entregamos, que estão no conjunto Juquiá e no bairro Alzira Franco.

No total, vamos entregar mil unidades esse ano. Estamos fazendo um planejamento de áreas, já disponibilizadas, e agora virá o plano de construção das unidades em conjunto com o Governo Federal, porque não temos os recursos. São projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e do “Minha Casa, Minha Vida”. Vamos priorizar as famílias que moram em áreas de riscos, núcleos habitacionais, mas também pensar nas famílias que pagam aluguel”, revela o secretário.

Na Saúde, segundo Alberto, o foco é a humanização do atendimento. “É a questão do médico que examina olho no olho, dando atenção, então, vamos qualificar o atendimento”, adianta. O secretário também explica que pelo sete novas UPAs deverão ser implantadas. “Como Santo André tem 700 mil habitantes, temos direito a sete equipamentos. Hoje, temos apenas três. E a que estão na avenida Perimetral, sem condições técnicas, será convertida em um Centro de Diagnostico, uma grande novidade, já que no serviço público, os exames demoram”, explica. Algumas das novas UPAS já têm endereço: Camilopolis, Capuava, Centreville e Jardim Cristiane.

O titular da Pasta de Orçamento e Planejamento também revela que o governo Grana vai terminar um hospital na Vila Luzita, para retaguarda e apoio ao Centro Hospitalar, criar um Centro Odontológico e, ainda, construir um hospital de médio porte. “Faremos isso com um investimento maior, que está sendo estudado, em parceria com o Governo Federal. É um plano de reorganização da rede de Saúde”, resume.

Na avaliação do secretário, a cidade já tem a experiência do Orçamento Participativo, nas gestões anteriores do PT. “Quando você ouve a população, ela sabe falar dos problemas e sobre como resolvê-los. Com essa experiência, mais a do PPA em São Bernardo, decidimos estabelecer aqui. A população das 20 plenárias regionais e setoriais atingiu mais de sete mil pessoas. Percebemos que elas estavam dispostas a participar e ajudar no planejamento da cidade para os próximos quatro anos. Saimos do PPA com uma demanda grande. Em agosto, o prefeito volta para dizer à população o que foi aprovado e como será feito”, ressalta.

Novidade no processo, os conselheiros recém eleitos, de modo democrático, eles passarão por um processo de capacitação e formação sobre o conceito de cidadania. “Ontem (05/06), tivemos a primeira reunião com 20 titulares, mais 20 suplentes e 20 membros do Governo. As pessoas estão confiantes no governo e vão nos ajudar a atingir as metas”, destaca.

Dívida

O déficit deixado pelo antecessor, Aidan Ravin (PTB), de cerca de R$ 110 milhões, é o grande desafio de Alberto e a pedra que o prefeito precisa remover para garantir ações urgentes de seu programa de Governo. “A primeira tarefa foi estabelecer um comitê de orçamento e custeio para monitorar isso. Também contingenciamos 34% do orçamento de todas as secretarias. Além disso, estamos fazendo revisão dos contratos e vamos implementar uma redução no custeio para tentar eliminar esse déficit”, adianta. Outra ferramenta é aumentar a receita, aprimorando a arrecadação. “São os mecanismos de IPTU e ISS para diminuir o déficit. A conversa com o TCE (Tribunal de Contas da União) já é uma maneira de o secretário evitar questionamentos por parte do órgão, no futuro.

Na visão de Alberto, mesmo com todas as dificuldades, o grande ápice do início da gestão foi estabelecer diálogo com a população, por meio do PPA. “Vimos que era preciso ter capacidade, criatividade e ousadia para encarar os problemas. E o prefeito vem mostrando sabedoria para a articulação, “A prova disso é que temos cerca de 14 vereadores já apoiando o Governo”, finaliza. 

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