São Bernardo inicia grandes urbanizações no segundo semestre

Três grandes urbanizações em São Bernardo estão na fase de licitação, com estimativa de início das obras para o segundo semestre deste ano. Os projetos vão beneficiar as regiões do Jardim Silvina, o bloco entre Novo Parque, Vila Feliz e Vila Canarinho, além dos assentamentos Capelinha e Cocaia. As novidades foram anunciadas em primeira mão à RDtv, durante entrevista com Tássia Regino, secretaria de Habitação da cidade. Ela participou, nesta terça-feira, da Oficina Técnica “Desafios da Gestão de Riscos Urbanos no Grande ABC”, promovida pelo Consórcio Intermunicipal, com apoio do Ministério das Cidades e da Universidade Federal do ABC. O encontro teve o objetivo de debater as demandas e intervenções necessárias para a redução dos riscos e resposta a desastres naturais na região.

Segundo Tássia, as obras fazem parte de um mapeamento de áreas de risco da Prefeitura. “Esperamos iniciar no próximo semestre. No Silvina, ali no Montanhão, onde ocorreram deslizamentos maiores, já temos contrato dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e já está em licitação para urbanizar, assim como o Parque São Bernardo, Areião e Sabesp, que têm grande concentração de risco. São locais com recursos já contratados junto ao Banco Mundial para urbanizar”, revela.

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A secretaria destaca ainda que, dentro do Plano Municipal para Redução de Risco, a Prefeitura também apresentou ao Governo Federal um pacote de obras para reduzir impactos na cidade. “Estamos esperando a aprovação da presidenta Dilma. Hoje, o prefeito Luiz Marinho cobrou um representante do governo. Com isso, a gente conclui as principais obras desse plano. Também vamos priorizar o programa “Minha Casa, Minha Vida” para tentar dinamizá-lo aqui na cidade”, explica Tássia.

Segundo a titular da Pasta de Habitação, diferente das outras cidades, São Bernardo já conta com uma ação preventiva de remoção. “Tomamos a decisão de remover preventivamente todas as famílias em situação de risco 4, e as que estão em risco 3 e podem evoluir. Hoje, temos também um grupo de monitoramento contínuo dessas áreas, focado em apontar soluções e necessidades de intervenções emergenciais. Contamos ainda com programas de drenagens, inclusive, com foco no desenvolvimento de um plano de macro drenagem para essa questão”, enfatiza.

A idéia do evento foi justamente disseminar entre as cidades o conhecimento do risco, inclusive sobre infraestrutura e mobilidade, além de pontuar ações a médio e longo prazo. “É mais um passo nas ações que o Consórcio vem fazendo no enfrentamento de risco. Ele busca construir uma agenda para discutir políticas públicas nesse âmbito, onde o risco é um fator decisivo. Serviu para colocar na pauta dos municípios essa questão e construir uma agenda para discutir soluções”, ressalta a secretária. Uma das propostas concretas, aliás, será apresentar ao Governo do Estado um Plano de Ação Integrada, de curto prazo, para buscar a classificação das famílias sob risco em cada município, a exemplo do que São Bernardo já faz. “Vamos apresentar isso também aos prefeitos porque, além da vontade de fazer, precisamos dos recursos para isso, inclusive para as moradias definitivas dessas famílias, já que elas podem ser removidas com o recurso de auxilio aluguel, mas precisarão morar definitivamente em algum lugar”, finaliza Tássia.

Agora, as discussões deverão apontar a definição de uma agenda para o enfrentamento dos riscos ambientais que marcam os sete municípios e impactam o desenvolvimento regional. 

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