Oswaldo Dias diz que não tem ?conceito formal? sobre saques

O ex-prefeito Oswaldo Dias (PT) disse não ter nenhum “conceito formal” sobre os R$ 230 mil retirados ilegalmente de uma das contas da Prefeitura de Mauá durante sua segunda gestão (2001-2004). “Isso quem vai dizer é a Justiça”, disse o ex-prefeito, que hoje (20) prestará depoimento como testemunha de defesa de sua ex-secretária de Finanças Valdirene Dardin, presa desde 30 de setembro sob a acusação de ter retirado o dinheiro dos cofres públicos.

Questionado sobre a denúncia que recai sobre Valdirene, Dias respondeu que “não acha nada” e que apenas testemunhará que conheceu o trabalho que desempenhou durante os oito anos em que assumiu a Secretaria de Finanças. Os detalhes do depoimento ainda serão discutidos com o ex-secretário de Assuntos Jurídicos, Pedro Lovato, também arrolado como testemunha de defesa.

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“A contabilidade parece que não nega (os saques), então é fato consumado. Se não nega, não diz o que aconteceu, então é um fato consumado. Não vou testemunhar no processo, vou testemunhar que conheço ela, que esteve no governo durante oito anos e que até então não tinha nada contra ela. Não vou muito além disso”, comentou o ex-prefeito, que agora é assessor do gabinete do prefeito José de Filippi Júnior (PT), de Diadema.

Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Valdirene Dardin teria feito quatro saques que somariam R$ 230 mil. Em duas ocasiões, a ex-secretaria teria ido pessoalmente ao banco Santander/Banespa em Mauá para retirar dinheiro que estava acondicionado em sacolas de supermercado. Em outras duas oportunidades, o gerente da agência, Silvio Catarino, teria levado os recursos para Valdirene em seu gabinete. A ex-secretária nega as acusações, mas reconhece as assinaturas nos recibos de saques como sendo suas.

A autorização de saques também necessita da assinatura do prefeito, o que, na ocasião, não aconteceu. Oswaldo Dias disse que nunca assinou nenhum documento como os que foram apresentados pelos promotores e que comprovam a retirada de dinheiro. “O documento que eu assinava era só cheque. Não conheço isso (recibo ou autorização de saque). Sempre assinei cheque”, comentou.

Além de Oswaldo Dias e Pedro Lovato, também vão prestar depoimento como testemunha de defesa o ex-secretário de Finanças Sergio Trani e o ex-comandante da Guarda Civil Municipal, Dachir Ahamad Sati. A oitiva está marcada para as 14h, no Fórum de Mauá.

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