Bilhete Único em Santo André terá subsídio de R$ 991 mil por mês

O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), protocolou na Câmara Municipal o projeto de lei que versa sobre a instituição do Bilhete Único Municipal, na tarde desta terça-feira (26). A iniciativa simboliza a preocupação do Paço em dar encaminhamento a uma das principais promessas da campanha petista durante a corrida eleitoral. O sistema deve estar em uso até o final de maio, mas passará antes pelo crivo dos vereadores.

“O projeto de implantação do sistema foi entregue como projeto de lei para que seja apreciado pela Câmara, para que a conquista seja de governo, consolidada no município, e não derrubada por questões políticas”, justificou o prefeito. Grana prometera executar o projeto em até 90 dias a partir de sua posse, em 1º de janeiro. No entanto, o empresariado responsável pelo transporte público de Santo André solicitou o prazo de mais três meses, que expira em 18 de maio, para realizar ajustes técnicos, que incluem cadastramento de digitais, criação de cartões e realinhamento operacional.

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O presidente da Câmara, Donizeti Pereira (PV), recebeu a matéria e afirmou que a Câmara deve tratar do assunto com celeridade. “Vamos convidar técnicos que possam esclarecer nossas dúvidas sobre o projeto”, comentou o verde.

De acordo com Grana, a integração tarifária deve atingir proporção média de 8,1 mil viagens do total de percursos realizados no município atualmente. A prefeitura deve subsidiar o sistema com R$ 991 mil por mês. As empresas investiram cerca de R$ 3 milhões na aquisição de equipamentos.

Funcionamento

O sistema seguirá moldes semelhantes ao que é aplicado em São Bernardo. Com o pagamento de apenas uma tarifa, o usuário poderá utilizar mais de um ônibus ou linha para chegar ao seu destino dentro do período de até 90 minutos para ida. Pagando outra passagem, válida por igual período, o passageiro pode realizar trajeto de volta utilizando mais de um veículo ou linha.

O controle biométrico, que será feito por meio das digitais, deve otimizar o sistema de bilhetagem eletrônica, eliminando fraudes. A recarga dos créditos dos cartões (seis tipos estarão disponíveis) poderá ser realizada em diversos locais, descentralizando o serviço antes possível apenas na AESA (Associação das Empresas do Sistema de Transportes), facilitando a adesão à bilhetagem eletrônica.

O sistema foi formulado de forma a permitir, no futuro, uma integração metropolitana a partir da convergência do transporte regional com outras modalidades, como o Metrô (Linha 18), Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e a CPTM, ampliando a adesão de passageiros e beneficiando a população que se utiliza deste meio para se locomover. 

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