Na Câmara de São Bernardo, pais manifestam a favor de CPI dos uniformes

A sessão da Câmara de São Bernardo foi marcada por uma manifestação promovida por pais e profissionais da Educação que cobram a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas irregularidades nos convênios firmados com as empresas Fios Paraná, G8 e Capricórnio para compra de uniformes escolares.

Nesta quarta-feira (20/03), o grupo, que também teceu reclamações sobre a falta de infraestrutura em algumas escolas e problemas com a merenda escolar, foi recebido por uma comissão de vereadores formada, em grande parte, por parlamentares de situação. Após discussões, o núcleo declinou a possibilidade de abrir uma CPI, alegando que a Casa dispõe de uma Comissão de Educação, presidida pelo vereador Ronaldo Palhinha (PTdoB), que pode apurar as denúncias. A bancada governista, que conta com apoio de 20 dos 28 vereadores eleitos para essa legislatura, ainda anunciou que vai convidar a secretária de Educação, Cleuza Repulho, para comparecer à Câmara na próxima terça-feira (26), às 9h, para prestar contas à população

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O encaminhamento, entretanto, não foi bem aceito pelos manifestantes, que prometerem dar continuidade a uma campanha na internet para afastar Cleuza de seu cargo, além de levar a questão da CPI às ruas. “Não tem acordo com o governo. Não vamos abrir mão da CPI”, definiu um dos lideres do movimento, Fernando Tomazini.

O requerimento para composição de uma CPI foi encaminhado à Câmara pelo vereador e líder do PPS, Julinho Fuzari, no início de março. Para ser aprovada, a matéria precisa de pelo menos 10 rubricas. Até o momento, apenas os correligionários de Fuzari assinaram o projeto, com exceção de Marcelo Lima, que não acompanhou a bancada popular-socialista. “Essa CPI esta vindo antes de outro instrumento, que é a Comissão de Educação. Precisamos debater, primeiro, entre os vereadores, para depois saber qual é o parecer e se há necessidade de CPI”, justificou.

O vereador Pery Cartola (PPS) criticou a ação coordenado pelo núcleo governista, que não determinou prazo para que os trabalhos da Comissão sejam concluídos. “Já fizemos várias reuniões com o líder da bancada do PT e nada foi feito. A via que trabalha a relação entre o Legislativo e o Executivo é de uma mão só. Ela leva as demandas, mas não volta com posicionamento”, apontou o popular-socialista. 

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