Aidan atribui o segundo lugar aos votos brancos e nulos e ausência dos eleitores

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Líder nas pesquisas de intenção de voto, o atual prefeito Aidan Ravin (PTB) atribuiu o segundo lugar do pleito à ausência de 18% dos eleitores e também aos votos nulos e brancos, que somaram outros 20% de potenciais votos desperdiçados. Para o candidato à reeleição, os altos índices indicam descrença na política brasileira, manchada pelas denúncias de corrupção e também pelo julgamento do Mensalão. Aidan teve 37,23% dos votos.

“A gente vive um momento no País que é muito ruim, que é o momento do Mensalão, que mancha não só o grupo que estava envolvido, mas mancha toda a política”, afirma Ravin. No entanto, quando perguntado se as denúncias de corrupção no Paço também influenciaram o resultado das eleições, o prefeito garante que a CPI do Semasa já foi resolvida e que a dos Uniformes é puramente política.

Ravin admitiu que o resultado do pleito, que tem Carlos Grana na liderança com 42,85% dos votos o deixou frustrado, já que o trabalho da militância foi bem feito. Mas em comparação com 2008, a porcentagem do eleitorado que votou nele foi boa. “Na última eleição eu tive 21,7% dos votos válidos. A gente quase dobrou. Então para nós está muito bom isso. Avalio bem, mas avaliaria muito melhor se tivesse ganho no primeiro turno”, conta.

De acordo com Ravin, algumas pesquisas indicavam que a reeleição erapossível já no primeiro turno. “Estávamos estimulando pesquisas de fora que davam uma situação boa para a gente, com chance até de fechar. Mas infelizmente isso não aconteceu e a gente está mostrando aqui: 20% foi branco e nulo e 18% foi abstenção. Estamos falando de uma eleição que quase 40% não apareceu na urna. Muito importante a gente avaliar que 18% não veio”, aposta o petebista .

Para conquistar novamente o Paço andreense, Aidan afirma que fará uma campanha diferente, mas sem revelar sua estratégia, a fim de evitar um contra-ataque do adversário. Mas uma das ações do candidato é a tentativa de aliança com os demais candidatos ao pleito: Raimundo Salles (PDT), Nilson Bonome (PMDB), Alexandre Fláquer (PRTB) e Marcelo Reina (Psol).

O prefeito disse ainda que participará de debates, desde que estes sejam realizados em ambientes neutros. “Não fui à debates porque não me senti à vontade. Não tinha sentido você discutir com pessoa que tem 1%, discutir com outro que tem 2% e vinha com tudo achando que era o teu rival. Agora é um contra o outro”, justifica.