UPA é promessa entre candidatos

Quatro candidatos disputam o Paço do município, que tem 33.457 eleitores e 37 km² / Foto: Renan Santiago

Marcada por uma pequena, porém significativa virada, a disputa eleitoral de Rio Grande da Serra conta com quatro candidatos. Sucessor do atual prefeito Kiko, o tucano Gabriel Maranhão (PSDB) tem maior preferência entre pesquisas recentes, e o petista Claudinho Geladeira faturava pequena vantagem em julho.

A disputa entre Maranhão e Geladeira começou acirrada em julho, quando o petista tinha 34,4% da intenção de votos, enquanto o tucano estava com pouco mais de 32%. Já na última pesquisa, Maranhão disparou para 48% e Claudinho ficou para trás, com 28,33%. Já o candidato Luiz Internet (PSDC) figura hoje com 4% das intenções de voto, segundo pesquisa do Instituto Opinião.

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O PCdoB perdeu a preferência do eleitorado ao ter o candidato Nilson do Mercado impugnado, em julho, pela Lei da Ficha Limpa. Nilson vendeu produtos vencidos (constatação da vigilância sanitária após denúncia) e os filhos da vitima teriam se intoxicado. O caso aconteceu em setembro de 2008. “O juiz registrou o julgamento como doloso e na época eu recorri, mas não tinha conhecimento que o processo ainda corria. Se soubesse nem teria me candidatado”, explica.

Logo após a impugnação, Nilson desistiu da candidatura e indicou o filho, Nilsinho do Mercado, de 21 anos, como candidato pelo partido. “Preferi indicar a substituição para não gerar dúvida na cabeça do eleitor, não adianta prorrogar as coisas”, analisa Nilson. “Por causa da sentença do juiz, pelo fato de ser dolosa, minha candidatura ia continuar sendo indeferida”. Nas pesquisas de intenção de voto, a preferência pelo pai era de 9,8% antes da impugnação, enquanto o filho figura hoje com apenas 2%.. (Colaborou Nathália Blanco)

Saúde é problema em Rio Grande

A saúde foi um dos assuntos mais em pauta nas eleições municipais deste ano na região. Em Rio Grande da Serra não foi diferente. A moradora Ruth Leite Raimundo diz que não consegue atendimento nos postos de saúde e faz o tratamento da filha em Santo André. “Minha filha tem meningite e paralisia infantil, e todas as vezes que fui ao posto com ela, não consegui atendimento”, reclama a moradora.

Tamires Sousa diz não ter mais coragem de levar o filho aos postos da cidade. “A última vez que levei meu filho de 11 meses com febre e vômito ao hospital, aplicaram uma injeção de adrenalina”, conta Tamires. O menino começou a convulsionar, mas ainda assim a moradora não conseguiu atendimento adequado na cidade, e teve que levar o pequeno para o Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires.

É por estes e outros motivos que os três candidatos ouvidos pelo Repórter Diário prometem uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mesmo a cidade tendo menos habitantes do que os 50 mil necessários para a construção do estabelecimento. “O ministro Alexandre Padilha se comprometeu a trazer uma UPA. A cidade está nas divisas e atende uma demanda que passa de 60 mil habitantes”, promete Claudinho Geladeira.

Para Nilsinho, a unidade é importante porque vai suprir o deslocamento entre um posto e outro. “Hoje, o cidadão que machuca o pé, precisa tirar raio-x em um lugar e engessar em outro”, aponta.

Maranhão também espera conseguir uma unidade para o município. “Vamos cobrar do governo federal”, responde o tucano que diz ter três metas para a saúde na sua gestão: humanização do atendimento, entrega de remédio de uso continuo para os pacientes acima dos 60 anos e especiais e contratação de médicos.

Crescimento econômico
Tendo em vista que o município é totalmente protegido pela lei de preservação aos mananciais, outra preocupação é em crescer economicamente, gerar empregos e trazer empresas respeitando a legislação ambiental.

Claudinho quer investir no pequeno empreendedor da cidade. “Temos muitos pequenos empreendedores e a ideia é fazer uma parceria entre o empresário e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para investir nele. ”.

Já Maranhão quer diminuir a burocratização. “Tenho como foco ser parceiro das empresas e agilizar o processo. Vamos também adequar o Plano Diretor”, afirma. Nilsinho acha que a lei dos mananciais não deve impedir a instalação de empresas na cidade. (NB)

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