
As vendas de veículos leves eletrificados no Brasil alcançaram 86.849 unidades no primeiro semestre de 2025, alta de 9,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 79.304 unidades. Apenas em junho, foram comercializadas 15.525 unidades.
O desempenho consolidou a participação dos eletrificados — incluindo BEV, PHEV, HEV e HEV Flex — em 8% do mercado de veículos leves, que engloba automóveis e comerciais leves. O segmento segue em expansão, mesmo após 11 meses da segunda rodada de aumento do imposto de importação, implementada em julho de 2024. Uma terceira etapa de elevação tributária teve início em 1º de julho deste ano.
Entre janeiro e junho, o mercado nacional contou com 57 fabricantes ativos no setor de eletrificados, que ofereceram 293 modelos distintos. No primeiro semestre de 2024, eram 39 fabricantes e 225 modelos. O avanço foi impulsionado principalmente pelos modelos plug-in (BEV e PHEV), que saltaram de 187 para 253 modelos. Os híbridos tradicionais e flex passaram de 38 para 40 modelos no mesmo intervalo.
A ampliação do portfólio reforçou o processo de consolidação da eletromobilidade no país, com maior diversidade de opções ao consumidor e aumento da concorrência entre as montadoras. O movimento sinaliza o compromisso crescente da indústria com a transição energética e uma mobilidade mais sustentável.
Plug-in puxam o crescimento
Os veículos com recarga externa, que incluem os 100% elétricos (BEV) e os híbridos plug-in (PHEV), lideraram o mercado, com 72.946 unidades vendidas no semestre. O número representa um crescimento de 33,8% sobre os 54.500 veículos comercializados no mesmo período de 2024.
Os híbridos sem recarga externa — HEV e HEV Flex — apresentaram crescimento mais modesto. Foram vendidas 13.903 unidades no primeiro semestre de 2025, contra 13.381 no mesmo período do ano anterior, aumento de 4%.
A participação dos elétricos plug-in no total das vendas de eletrificados subiu de 69% para 84%. Já os híbridos caíram de 23,1% para 16%. A mudança no perfil das vendas reflete a preferência crescente por tecnologias com recarga externa, favorecida pela expansão da infraestrutura de eletropostos em todo o país.