
Traços marcantes e cores vibrantes retratam o cotidiano do sertão e do homem nordestino. Essas características definem a obra de Jerônimo Soares, que comemora 78 anos de trajetória artística com uma mostra na Pinacoteca Municipal de São Bernardo. Até 5 de setembro, o público tem a oportunidade de conhecer 70 xilogravuras do artista paraibano, além de publicações sobre sua produção.
A exposição “Jerônimo Soares: Uma celebração aos 90 anos de idade e 78 anos de carreira” reúne obras do acervo pessoal do artista, do Centro de Referência das Culturas Populares Tradicionais de São Bernardo do Campo, do Museu de Arte Popular de Diadema e de coleções particulares.
Na apresentação assinada pelas curadoras Camila Rosa e Geisa Tanganeli, o trabalho de Jerônimo é descrito como uma “profusão temática” inspirada no ambiente em que cresceu e nas histórias orais transmitidas de geração em geração. “Suas gravuras capturam a essência do homem nordestino por meio de temas como o cotidiano no sertão, os retirantes, o trabalho, a natureza, a família, os festejos, a religiosidade e o fantástico. Com a mudança para São Paulo, Jerônimo passou a incorporar aos seus trabalhos elementos e vivências dos grandes centros urbanos”, destacam as curadoras.
Autodidata, Jerônimo Soares nasceu em 1935, em Esperança, no agreste paraibano. É filho de Hilda Fernandes Soares e do cordelista José Soares. Seu irmão, Marcelo Soares, também se destacou como cordelista. Jerônimo iniciou-se na xilogravura aos 12 anos, ilustrando os cordéis escritos pelo pai.
Em 1977, recebeu o Prêmio Aquisição no Salão de Arte Contemporânea de São Paulo. Suas obras integram acervos públicos e privados no Brasil e em países como Canadá, Estados Unidos, França e Japão.
Serviço
Exposição – “Jerônimo Soares: Uma celebração aos 90 anos de idade e 78 anos de carreira”
Até 5 de setembro
Terças, das 9h às 20h
Quartas a sextas, das 9h às 17h
Último sábado do mês, das 10h às 16h
Entrada gratuita. Estacionamento no local.
Pinacoteca de São Bernardo – rua Kara, 105, Jardim do Mar