
Uma adolescente de 16 anos foi atacada por dois cães da raça pitbull na Praça Maria Quitéria, no bairro Camilópolis, em Santo André, na terça-feira (10/06). A vítima, que voltava da escola, sofreu ferimentos graves e foi socorrida por populares. Segundo informações, os animais estavam sem focinheira, e a tutora fugiu do local após o ataque.
A jovem deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Bangu com ferimentos no tórax e nos braços. Após o atendimento inicial, ela foi encaminhada ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André (Chmsa), mas optou por seguir para uma unidade particular.
Esse foi o segundo ataque registrado em menos de uma semana em Santo André. Na semana anterior, uma mulher foi atacada por um pitbull na Praça Kennedy enquanto passeava com sua cachorra de pequeno porte no espaço pet do local. A vítima sofreu ferimentos nas mãos e nos braços, pois o animal não usava focinheira nem coleira, o que contraria a legislação estadual.
A legislação paulista exige que cães de raças como pitbull e rottweiler sejam conduzidos em locais públicos com coleira, guia curta, enforcador e focinheira. O tutor pode ser responsabilizado civil, penal e administrativamente em caso de descumprimento.
Pelo Código Civil (art. 936), o responsável deve indenizar a vítima, salvo em caso de culpa exclusiva ou força maior. O Código Penal prevê punições por exposição ao perigo (art. 132), lesão corporal (art. 129) e, em casos graves, homicídio culposo.
Além das regras legais, recomenda-se que os tutores usem coleiras e peitorais reforçados, com focinheiras confortáveis que permitam a respiração e a ingestão de água, principalmente para cães de raças consideradas potencialmente agressivas. Cães sociáveis e adestrados apresentam menor probabilidade de comportamentos agressivos. O acompanhamento e o cuidado do tutor são fundamentais para evitar riscos em espaços públicos.
Em nota ao RD, a Prefeitura de Santo André informou que a paciente deu entrada na UPA Bangu na terça-feira (10) com lesão provocada por mordida de cachorro. Segundo a administração municipal, ela foi acolhida, teve a ferida lavada, recebeu medicação, tomou a vacina antirrábica e foi encaminhada ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André (Chmsa), mas optou por seguir para um hospital particular.