O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, garantiu nesta quarta-feira (11/06) que “definitivamente pode-se dizer” que os níveis das tarifas aplicadas à China não mudarão a partir de agora, após o acordo preliminar firmado na terça-feira (10/06) durante negociações em Londres.
Em entrevista à CNBC, Lutnick explicou que as conversas foram “respeitosas”, embora alguns detalhes ainda precisem ser definidos.
O texto final será decidido pelos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, de acordo com o secretário. “Estamos no caminho certo”, assegurou.
Lutnick acrescentou que os chineses concordaram em aprovar mais rapidamente todos os pedidos de empresas americanas para a compra de ímãs.
Por outro lado, os melhores chips dos EUA não serão exportados para o país asiático, ainda conforme o secretário.
Mais acordos comerciais
O secretário de Comércio norte-americano afirmou ainda que os Estados Unidos negociam “muito mais” acordos comerciais com outros países, após o entendimento preliminar firmado com a China.
Lutnick explicou que Washington estava focado em acertar um pacto com Pequim nos últimos dias, mas que agora se envolverá mais ativamente nas conversas com demais nações. A partir da semana que vem, “acordo atrás de acordo” será anunciado, garantiu.
Europa
O secretário ponderou que a Europa deve ficar para o final da fila, por ser “o mais difícil” de lidar. “São 27 países e eles têm um líder não eleito”, afirmou, em referência à União Europeia, cuja Comissão Europeia tem uma líder, Ursula Von der Leyen.
Lutnick acusou a UE de impor regras injustas aos EUA. “Não vendemos carros para a Europa”, destacou.
O secretário acrescentou que, após o acordo da terça-feira (10), os EUA examinarão maneiras pelas quais os chineses possam fazer mais negócios com os norte-americanos.