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O relatório final da CPI das Bets, apresentado pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) nesta terça-feira (10/06), afirma que os ganhos da influenciadora digital Virgínia Fonseca com a publicidade de apostas estavam atrelados às perdas dos apostadores.
A defesa da influenciadora, procurada, ainda não se manifestou. Quando houver comentário, o texto será atualizado.
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Com mais de 53 milhões de seguidores no Instagram, Virgínia é uma das 16 pessoas contra as quais a senadora pede o indiciamento por diversos crimes. No caso da influenciadora, Soraya aponta indícios de estelionato e publicidade enganosa.
Virgínia Fonseca tinha um contrato de divulgação com a casa de apostas Esportes da Sorte. O acordo previa o pagamento de 30% sobre o total do lucro obtido pela empresa a partir dos apostadores que jogavam pelo link de acesso da influenciadora.
“Isso nada mais é do que a outra face da moeda das perdas dos apostadores. As apostas são um jogo de soma zero, não produzem dinheiro: se a banca ganha, evidentemente o apostador perde. Portanto, eufemismos à parte, chamemos as coisas pelo seu nome: essa cláusula estabelece que os ganhos da influenciadora estão atrelados às perdas incorridas por seus seguidores”, disse.
O relatório afirma que trata-se de “prática claramente abusiva” que pode “provocar demasiado estímulo no influenciador digital para convencer seus seguidores”.
A CPI aponta que Virgínia divulgava a bet por meio de “contas simuladas” que não representavam apostas reais.
“Embora Virgínia tenha tentado mudar de versão durante sua fala, ficou claro que as ‘apostas’ supostamente realizadas pela influenciadora em suas redes sociais não eram reais”, destacou o relatório.
Segundo Soraya, Virgínia teria induzido seus seguidores a erro, uma vez que eles “acreditaram que suas ‘apostas’ eram reais”. Essa prática, na visão da relatora, carrega indícios de estelionato e publicidade enganosa.
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