
Até meados de setembro a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Diadema estará em novo endereço, na avenida Presidente Kennedy, próximo ao Terminal Metropolitano de ônibus. Este é o prazo para a conclusão das reformas realizadas pela prefeitura no prédio alugado para transferência dos atendimentos. As obras de adaptação do prédio começaram na semana passada e a mudança é uma aposta para que, no futuro, a DDM da cidade esteja pronta para funcionar 24 horas, desejo antigo dos municípios da região, mas que depende do governo do Estado.
O novo endereço, segundo a delegada titular, Renata Cruppi, é um sonho, pois oferece boa acessibilidade, em localização central, com facilidade de estacionamento e deslocamento. Atualmente a DDM está em um imóvel adaptado, uma antiga casa, e que oferece muitas limitações, tanto para o trabalho dos policiais como para a segurança das vítimas.
No final do ano passado, o então prefeito José de Filippi Júnior (PT) anunciou que a Prefeitura alugaria um prédio maior e em local central para transferir a delegacia. Com a eleição de Taka Yamauchi (MDB) e o plano de contingenciamento de despesas determinado por ele, por pouco a oportunidade não se perdeu, mas após conversa com a delegada, em fevereiro, o novo chefe do Executivo se convenceu da importância da medida e resolveu os aluguéis que estavam pendentes da nova sede da DDM que vai ficar na avenida Presidente Kennedy, próximo ao Terminal Metropolitano de ônibus. A prefeitura informou, em nota, que depois do atraso inicial motivado pelo contingenciamento de despesas, os aluguéis agora estão em dia.
Projeto
“Estamos a mil por hora; terminamos o projeto, fomos lá com os engenheiros para os últimos alinhamentos antes de começar a quebrar. A inauguração estou prevendo entre agosto e setembro, porque são muitos detalhes e fazer correndo não é o sonho que queremos entregar para Diadema. A gente quer que tenha condições de, no futuro, ser 24 horas, de ter uma estrutura muito boa, jamais um puxadinho, por isso estamos prevendo um tempo maior”, diz Renata Cruppi.
A delegada destacou uma emenda do deputado estadual Thiago Auricchio (PL) para ajudar a Prefeitura a arcar com os aluguéis. “O prefeito está cumprindo a parte dele, tivemos o investimento da emenda parlamentar do Thiago Auricchio, e assim foi feito o compromisso para pagamento dos aluguéis, então estamos garantidos para não ter nenhum tipo de atraso. O prefeito está empolgado com a demanda e estamos dentro do cronograma, não podemos esquecer que o prédio nos foi entregue pouco depois de janeiro e já estamos bem adiantados, pois antes da finalização dos pagamentos (de dois aluguéis que estavam em atraso) já havia tratativas com profissionais para a reforma”, explica Renata.
O aluguel do prédio custa à Prefeitura R$ 15 mil mensais. A emenda do deputado Thiago Auricchio é de R$ 300 mil. O prédio da DDM é mais um serviço da área de Segurança Pública cujo aluguel é pago pelo município. Na cidade os distritos policiais 2° e 4° têm aluguéis pagos pelo município. O 3° DP e a Delegacia Seccional funcionam em um prédio construído pelo Estado mesmo, como também a sede de algumas delegacias especializadas como a de Homicídios, por exemplo. O 1° Distrito tem aluguel custeado pelo governo paulista.
Outro serviço estadual que está em local custeado pela Prefeitura é o IML de Perícias. O Instituto Médico Legal onde são feitos os exames periciais funciona em imóvel cujo aluguel é pago pelo município. “No total, a Prefeitura de Diadema custeia R$ 51.500,00 em despesas de aluguel, que incluem os imóveis onde funcionam a Delegacia da Mulher, o 2º e o 4º Distritos Policiais, além da Companhia de Força Tática”, detalha a prefeitura de Diadema, em nota.
Necessidade
A boa infraestrutura para atendimento à mulheres e crianças vítimas de violência é mais que uma necessidade para que essas vítimas se sintam acolhidas e seguras para relatarem as situações de que foram vítimas e para que a polícia faça apure a responsabilidade do agressor. Segundo Renata Cruppi, os casos mais frequentes que chegam à DDM de Diadema são ameaças e lesões corporais. “Em primeiro lugar as ameaças, são muitos casos. Temos uma média de 80 novos inquéritos instaurados por mês”, contabiliza a delegada.
Ainda segundo a titular da DDM são também muitas medidas protetivas solicitadas ao Judiciário, para a proteção destas vítimas. “São em média de 20 a 30 medidas protetivas por semana”, completa Renata Cruppi.