
Instituído pela Lei nº 13.083/2015, o Dia do Pedagogo é celebrado neste 20 de maio. A data homenageia uma das profissões mais essenciais na formação educacional e destaca o papel fundamental dos profissionais que planejam, executam e coordenam diversas ações no campo da educação. Além disso, propõe reflexões importantes sobre a atuação da escola e da família no desenvolvimento integral das crianças.
Comemorar o Dia do Pedagogo é reconhecer o poder transformador da educação na construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Em meio aos desafios das diferentes realidades familiares dos estudantes, os pedagogos seguem comprometidos com a valorização da profissão e com a formação de indivíduos preparados para enfrentar obstáculos, tomar decisões e construir seus próprios projetos de vida. Atualmente, a atuação pedagógica vai muito além da simples transmissão de conteúdos: envolve acolhimento, escuta ativa e engajamento social.
Valorizar pedagogos e professores é papel da família e da sociedade como um todo. Reconhecer, elogiar e incentivar seu trabalho é fortalecer o sistema educacional e, por consequência, as bases da cidadania. Exaltar esses profissionais neste dia é também reafirmar o papel fundamental da escola na vida das crianças e no desenvolvimento de uma sociedade mais consciente.
Entre suas diversas atribuições, os pedagogos são responsáveis por incentivar o contato com a literatura desde a infância. O acesso aos livros amplia o repertório cultural dos estudantes, aspecto essencial para sua formação crítica e sensível. Nesse contexto, é urgente refletir sobre como esses profissionais podem valorizar e inserir a cultura afro-brasileira como parte constitutiva da identidade nacional, incluindo também as manifestações religiosas e culturais de matrizes africanas.
“Os pedagogos estão preparados para implementar nas escolas as exigências relacionadas às leis que tratam da inclusão das culturas africanas e indígenas? É urgente fortalecer iniciativas de formação continuada para professores, com o intuito de ampliar seus repertórios teóricos e metodológicos sobre o tema. A partir disso, torna-se possível desenvolver projetos pedagógicos interdisciplinares e críticos que integrem as histórias, saberes e expressões dessas culturas”, destaca o professor, escritor e fundador da Editora Eiros, Odair Marques da Silva.
Sancionada em 2003, a lei nº 10.639/03 tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira em todas as instituições de ensino do país, públicas ou privadas, da educação básica ao ensino médio. Posteriormente, a lei nº 11.645/08 ampliou esse escopo, e incluiu também a obrigatoriedade do ensino da história e cultura indígena.
Livros
A Editora Eiros oferece conteúdos que valorizam as culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas.
Entre os destaques está o “Atlas Geocultural da África”, de autoria de Odair Marques da Silva. A obra reúne informações atualizadas sobre os países do continente africano, estimulando a pesquisa e o interesse pedagógico por temas internacionais, de forma alinhada à BNCC, aos PCNs e às diretrizes das leis 10.639/03 e 11.645/08. O autor propõe atividades criativas, como a pergunta “Quando se diz a palavra África, o que vem à sua mente?”, aplicada antes e depois da leitura do livro, para evidenciar mudanças de perspectiva e o enfrentamento de estereótipos.
Outra obra de destaque é “A África que ninguém te conta”, produzida coletivamente por diversos autores em parceria com a Secretaria de Educação da Prefeitura de Osasco. O livro reforça a escola como espaço de construção social e de valorização dos saberes que circulam entre os sujeitos e suas múltiplas identidades étnico-raciais.
Já o livro “O Quilombo Colorido”, da escritora e ativista social Valneide Nascimento, resgata tradições e valores dos quilombos através da literatura infantil, oferecendo às crianças uma narrativa que evidencia a riqueza cultural e histórica das comunidades afro-brasileiras, fundamentais para a construção da identidade nacional.