
Servidores públicos de Rio Grande da Serra e representantes do Sindicato da categoria protestaram durante a sessão desta quarta-feira (14/05), da Câmara. O grupo é contra a proposta do Poder Executivo para um reajuste de 2%. Após conversa entre os vereadores, a votação foi adiada para uma sessão extraordinária que ocorrerá na próxima segunda-feira (19/05). Outro motivo do protesto foi a proposta que autoriza a Prefeitura a contrair dois empréstimos, um com o Banco do Brasil e outro com a Caixa Econômica, que somam R$ 20 milhões. Apesar dos protestos, a propositura foi aprovada.
A manifestação começou um pouco antes da sessão ordinária. Os servidores tentaram entrar no Legislativo com cartazes, e alguns com nariz de palhaço. A princípio a entrada de todos foi realizada de maneira lenta devido ao processo de controle de acesso, o que revoltou o grupo. Acompanhados do ex-vereador Marcelo Akira (Podemos), alguns passaram por baixo da catraca e depois foi aberta uma parta lateral em que todos ocuparam as galerias da Casa de Leis.
Dois projetos sobre os servidores, um sobre salário e outro sobre aposentadorias e pensões, estavam pauta. O vereador Marcos Tico (Republicanos) chegou a pedir o adiamento das duas votações, porém, teve seu pedido rejeitado. A sessão foi suspensa e no retorno houve o aviso de que as votações seriam realizadas na segunda-feira (19/05), em uma sessão extra.
Segundo informações do jornal A Verdade, o funcionalismo reivindica dissídio e o aumento salarial com um percentual maior do que o proposto pelo prefeito Akira Auriani (PSB). Haverá uma nova tentativa de reunião entre as partes para um entendimento sobre o assunto.
Empréstimo
Tal fato não fez com que os servidores arredassem o pé do local. Na sequência houve a votação dos empréstimos. A bancada de oposição reclamou, pois na semana passada foi avisado sobre um empréstimo de R$ 20 milhões e um segundo foi anunciado para votação em regime de urgência. Um novo pedido de adiamento foi feito e rejeitado pela maioria governista.
No debate sobre o projeto, a oposição relatou uma suposta incoerência por parte do governo, principalmente por causa das reclamações feitas durante as eleições municipais, em que foi falado sobre o tamanho da dívida municipal. Por outro lado, os governistas defenderam o empréstimo como forma de dar força para o governo realizar investimentos e acertar a casa. Por fim, a autorização foi aprovada por nove votos a quatro.