A Taça das Favelas 2025 começa em São Bernardo no dia 1º de maio. 16 equipes, representando os 16 complexos de comunidades da cidade, entram em campo em busca de uma vaga no torneio estadual. Ao RDtv desta terça-feira (29/04), o diretor de esportes da CUFA (Centra Única das Favelas) são-bernardense, Neudo Galvão, aponta que o crescimento da competição não pode mais ser considerada uma surpresa por quem acompanha.
Criada em 2012, no Rio de Janeiro, por Celso Athayde, a Taça das Favelas ganhou notoriedade a partir de 2019 com a primeira final televisionada pela TV Globo. 40 mil pessoas foram ao Pacaembu para assistir os títulos do Parque Santo Antônio no masculino e do Complexo Casa Verde no feminino.
Outras cidades passaram a realizar seletivas. Em 2023, o time do bairro Campanário, em Diadema, venceu a competição no feminino, no primeiro ano em que houve transmissões simultâneas em vários estados. Em 2024, 22 milhões de telespectadores assistiram a final nacional.
“Não é de se surpreender, pois quando o trabalho é bem-feito, é bem realizado como esse que a CUFA vem fazendo que é a Taça das Favelas, a tendência é cada dia mais evoluir. Hoje está no nível mundial e um trabalho bem-feito tem que ser reconhecido mesmo.”, justifica Neudo.

Neste ano, 16 complexos de favelas de São Bernardo vão disputar o torneio. Os jogos serão disputados na Arena Orquídeas. Na quinta-feira (01/05), o atual campeão, Alves Dias, enfrenta o Lavínia na partida inaugural. A bola rola a partir das 11h, mas antes haverá um evento de abertura da competição.
Cada um dos times conta com 25 garotos. Neudo revela que em alguns casos, o número de atletas era maior do que o permitido pelo regulamento, mas tal situação mostra a importância da Taça e o sonho destes garotos na busca de uma oportunidade no futebol profissional, algo que já ocorreu em edições anteriores do torneio.
O que a CUFA São Bernardo espera é conseguir organizar o torneio feminino nos próximos anos. Neste ano houve a tentativa de montar quatro equipes, porém, não houve êxito por falta de atletas. Com a divulgação da competição, a entidade espera que as meninas se interessem pela modalidade e pela disputa.