Éden Paulo promete choque de gestão na OAB de Santo André

Eden Paulo criticou o ato anticorrupção organizado pela subseção em junho deste ano

O pré-candidato à presidência da subseção de Santo André da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Éden Paulo, afirmou que a atual diretoria, encabeçada por Fábio Picarelli, esqueceu-se de atender as principais prioridades dos advogados da cidade.” A OAB precisa de uma gestão participativa onde o advogado possa retomar a ideia que ele é o destinatário de todas bem feitorias buscadas pela entidade. Hoje, nós percebemos que as gestões esqueceram-se deste papel. O advogado de Santo André almeja esta participação”.

Segundo Éden, para justificar este apontamento, o slogan de sua campanha será a “A OAB é Nossa”. “Vejo discurso de alguns pré-candidatos dizendo que vão abrir a Casa dos Advogados para os advogados, isto é redundante”. Este slogan é pra demonstrar que a OAB deve ser do advogado e direcionada para as necessidades do advogado, se a classe não participa da gestão, como saber quais são?”, pontuou.

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O pré-candidato ainda condenou o ato anticorrupção organizado pela subseção em junho deste ano. ”Não podemos simplesmente chamar um evento dizendo que é contra a corrupção, mas você percebe que há uma opção. Porque este ato só foi realizado agora, se tivemos outros escândalos em que a OAB não se manifestou?”, apontou.

Confira abaixo, alguns trechos da entrevista:

RD: Principais propostas para possível eleição
Éden Paulo:
A OAB precisa de uma gestão participativa onde o advogado possa retomar a ideia que ele é o destinatário de todas bem feitorias buscadas pela entidade. Hoje, nós percebemos que as gestões esqueceram-se deste papel. O advogado de Santo André almeja esta participação.

RD: Este é o principal motivo do slogan da campanha ser “A OAB é Nossa”?
Éden:
Se a OAB é dos advogados, ela deve estar a nossa disposição. Vejo discurso de alguns pré-candidatos dizendo que vão abrir a Casa dos Advogados para os advogados, isto é redundante. Este slogan é pra demonstrar que a OAB deve ser do advogado e direcionada para as necessidades do advogado, se eles não participam, como saber?

RD: Quais pontos da atual gestão o senhor julga como falhos?
Éden:
O atual presidente não conseguiu desenvolver a coletividade, o que criou certa crise na categoria, pois o advogado não é recebido pelo presidente da entidade. Ele só esteve presente nos momentos de holofote. As decisões têm de ser coletivas, este é o ponto primordial.

RD: Além do atual presidente da subseção, Fábio Picarelli, outro possível candidato à presidência da subseção da OAB de Santo André será Sinésio Correa, que por duas vezes ocupou este cargo. Como vê o impacto desta situação nas chances de eleição do senhor?
Éden:
Independentemente da gestão, temos nomes que nos apoiam que já fizeram grandes trabalhos na entidade. Será uma eleição de propostas, os advogados não se iludem com pequenas coisas. Entre outras coisas, queremos discutir o amparo social, a assistência jurídica e a falta de planos de saúde sofrida por muitos. Existe muito marketing em cima de algumas ações, mais isoladas. O advogado não se sente protegido pela instituição que o representa e o mercado de trabalho está muito enfraquecido

RD: O senhor atribui culpa a atual direção?
Éden:
A partir do momento em que você não reage, você é omisso, e a omissão tem o mesmo peso da ação. A preocupação foi mais com o visual do que com a real necessidade da categoria.

RD: Como contornar isto?
Éden:
Temos que chamar os advogados, que tem que estar juntos. Diretoria não pode estar sozinha. Não adianta nada fazer marketing para meia dúzia.
Se for hoje à Sala do Advogado, com um pen drive para imprimir uma petição, você não consegue, pois afirmam que os computadores estão com vírus. No plano de custeio, há uma previsão de gastos em assessoria de informática de R$1.700. Onde foi aplicado este dinheiro?

RD: Qual o orçamento da OAB?
Éden:
O orçamento é condicionado, não é livre, é vinculado. Por exemplo, OAB recebe dinheiro para limpeza, compra de objetos. Valores são adicionados e não há autonomia para realizar gastos. Outro erro da atual administração é a falta de transparência, onde é aplicado o dinheiro.

RD: Mesmo sendo uma entidade de classe, portanto uma instituição apolítica, a subseção realizou diversos eventos na cidade, como um ato anticorrupção. Como o senhor enxerga a participação da entidade na sociedade civil?
Éden:
Temos o projeto OAB Presente, pois acreditamos que temos sim que estar presentes. Não tem que realizar atos tendenciosos e ser imparcial, não pode simplesmente chamar um evento dizendo que é contra a corrupção, mas você percebe que há uma opção. Porque só se realizou o ato agora? Tivemos outros escândalos em que a OAB não se manifestou. Temos que estar presentes em todos os momentos. Além auxiliar os advogados, nossa entidade tem de mobilizar a sociedade.  

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