
O Estado de São Paulo acumula 32 casos de febre amarela neste ano, com 20 óbitos, enquanto o ABC segue sem registros da doença desde 2024. A vacina é a melhor prevenção contra a enfermidade, mas a cobertura entre adultos ainda é desigual no ABC. Cidade como Ribeirão Pires possui apenas 36,5% população adulta imunizada, a menor cobertura vacinal da região.
Em Ribeirão Pires, a população adulta representa 36,5%, enquanto crianças indicam 74,32%. A vacinação ocorre em 10 unidades de saúde, com horários específicos em cada uma delas. Para reforçar a conscientização, a Prefeitura mantém ações educativas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e escolas.
Já a cobertura vacinal de Mauá é de 67% da população a partir de 9 meses. A vacina está disponível nas 23 UBSs do município. A Prefeitura alerta que a imunização é recomendada especialmente para quem vive ou viaja para áreas de risco.
Até o momento, 602 pessoas já foram vacinadas em Rio Grande da Serra. A imunização está disponível em todas as UBSs, e segue o calendário do Ministério da Saúde. A Prefeitura realiza campanhas periódicas, inclui a abertura das unidades de saúde no último sábado de cada mês para ampliar o acesso à vacinação.
Já em São Caetano, foram aplicadas 5.970 doses da vacina em 2024, enquanto em 2025 o número caiu para 1.324. A vacina está disponível em todas as UBSs e no Centro de Imunização. Além disso, a Prefeitura realiza busca ativa de não vacinados e campanhas informativas nos canais oficiais. Com uma das coberturas vacinais mais expressivas da região, São Bernardo já aplicou 609.672 doses contra a febre amarela. A vacina está disponível nas 35 UBSs do município. A Prefeitura reforça a importância da imunização por meio das equipes da atenção básica.
As prefeituras de Santo André e Diadema não responderam ao RD até o fechamento desta reportagem.
Preocupação
O infectologista Renato Grinbaum, docente do curso de Medicina da USCS, explica que a febre amarela é uma zoonose, transmitida por mosquitos em áreas de mata, e que os casos urbanos são raros no Brasil. “Os sintomas incluem febre, dores musculares, náuseas, vômitos e, nos quadros mais graves, comprometimento do fígado e do sistema circulatório, pode levar ao óbito”, comenta.
A principal forma de prevenção, segundo Grinbaum, é a vacinação. “A vacina é altamente eficaz e está no calendário vacinal brasileiro. Embora algumas pessoas não possam tomar por contraindicações médicas, os benefícios superam amplamente os riscos”, diz. O médico reforça que a baixa cobertura vacinal pode se tornar problema caso o vírus volte a circular na região.