Faculdade de Comunicação da Metodista comemora 40 anos com novos cursos

A Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo comemora neste ano quatro décadas de fundação. Entre as novidades está a criação de dois cursos a partir do próximo ano: Comunicação Institucional e Produção Audiovisual. Para celebrar a data, que vem sendo comemorada por meio de eventos ao longo do ano, a instituição recebe em outubro a U.Frame (Festival Internacional de Vídeo Universitário).

Segundo o professor Paulo Rogério Tarsitano, diretor da Faculdade de Comunicação, os dois novos cursos serão no estilo Graduação Tecnológica, com duração de dois anos (1,6 mil horas/aula). Os interessados deverão participar do processo seletivo da instituição, ainda sem data para ser aberto.

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Atualmente a Faculdade de Comunicação da Metodista conta com cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Rádio e TV (agora chamado Rádio, TV e Internet), curso de Produção Multimídia, Cinema Digital, Comunicação Mercadológica e Design de Interiores, além do programa de Pós-Graduação com Mestrado e Doutorado. “Este ano ultrapassamos a marca de 720 teses apresentadas”, comemora.

Durante entrevista ao RDTv, Tarsitano analisou a trajetória da Faculdade de Comunicação ao longo dos 40 anos. “A importância da Metodista é histórica. Além de formar grandes profissionais de comunicação, também é formadora de uma massa crítica que ajudou a mudar a comunicação no País. Os profissionais, pesquisadores e estudiosos formados aqui estão em todos os lugares deste País e até fora dele, em redações, em agências, em universidades, em programas de Pós-Graduação”, afirma.

U.Frame
Como parte das comemorações dos 40 anos da Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista, o campus Rudge Ramos vai ser a receber, de 25 a 27 de outubro, a quinta edição do U.Frame (Festival Internacional de Vídeo Universitário). Esta é a primeira vez que o evento será realizado no Brasil. O Festival tem como objetivo reunir, premiar e tornar visível vídeos de alunos dos cursos de comunicação de universidade de todo o mundo.

“Encerramos as inscrições há alguns dias com 125 trabalhos participantes em diversas categorias e de diversos países como Estados Unidos, Japão, Rússia e Alemanha. Ele é aberto ao público e terá voto popular. O público também poderá acompanhar pela internet as apresentações e as pessoas poderão participar dos workshops”, acrescenta.

Confira a entrevista com o professor Paulo Rogério Tarsitano:

RD: A Faculdade de Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo completa neste ano 40 anos. Qual a importância da instituição no cenário regional e nacional?

Paulo Rogério Tarsitano: A importância da Metodista é histórica. Além de formar grandes profissionais de comunicação, a Metodista também é formadora de uma massa crítica que ajudou a mudar a comunicação no País. Os profissionais, pesquisadores e estudiosos formados aqui estão em todos os lugares deste País e até fora dele, em redações, em agências, em universidades, em programas de Pós-Graduação. Isso confere uma importância muito grande ao trabalho desenvolvido aqui há 40 anos, não há como mensurar o valor social e político disso.

RD: Qual a estrutura oferecida pela Universidade aos alunos de Comunicação?

Tarsitano: Aqui na Metodista, independentemente da área, o aluno vai encontrar uma infraestrutura muito compatível com o que se encontra nas empresas de comunicação. Em muitos casos supera as estruturas de alguns jornais e emissoras, tal o nível de sofisticação dos recursos laboratoriais.

RD: A Faculdade de Comunicação possui uma redação e uma agência. Como elas funcionam?

Tarsitano: A redação era um projeto antigo de fazer uma integração com um conceito novo ou pelo menos atual de se fazer jornalismo, ou seja, não fazer jornalismo para a televisão, ou para o impresso, para o rádio ou para o digital. Queremos formar um jornalista para produzir conteúdo, que seria editado e trabalhado para estas plataformas. Esta noção de integração também está na agência. Não é uma agência de propaganda, mas sim de comunicação, onde atuam profissionais de diversas áreas com estrutura de equipamento e de pessoas. Aqui se aprende coisas que não se aprende dentro da sala de aula.

RD: Quais são os cursos oferecidos pela Faculdade de Comunicação?

Tarsitano: A Faculdade de Comunicação conta com cursos de Graduação, programa de Pós-Graduação, cursos de especialização, a Cátedra Unesco, agências e laboratórios. Os cursos que comemoram 40 anos em 2012 são Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas. Em seguida temos o curso de Radio e TV (que agora é Rádio, TV e Internet), curso de Produção Multimídia, Cinema Digital, Comunicação Mercadológica e Design de Interiores, além do programa de Pós-Graduação com Mestrado e Doutorado. Este ano ultrapassamos a marca de 720 teses apresentadas. A Cátedra Unesco para Desenvolvimento Regional também está vinculada à Faculdade de Comunicação, assim como cursos de especialização em Comunicação Empresarial, tanto na modalidade presencial quanto em EAD (ensino à distância). Há ainda cursos em fase de desenvolvimento, que provavelmente serão lançados a partir do ano que vem, que é o curso de Comunicação Institucional e o de Produção Audiovisual. Hoje temos cerca de três mil alunos matriculados na Faculdade de Comunicação, uma média de 180 docentes, além do corpo técnico que dá suporte.

RD: Quantos alunos já passaram pela Faculdade ao longo destes 40 anos?

Tarsitano: Temos uma estimativa de cerca de 20 mil formandos.

RD: Destes 20 mil, alguns nomes se destacaram.

Tarsitano: São tantos os nomes que corro o risco de esquecer alguns. No jornalismo temos Kennedy Alencar, Fernando Rodrigues, Júlio Veríssimo, Jorge Tarquini, Sabina Simonato, Jaqueline Brasil e outros tantos. Em Publicidade e Propaganda temos centenas de alunos brilhando. A diferença dos alunos de Publicidade e Propaganda e Rádio e TV é que eles são de bastidores, mas que no último festival de Cannes foram premiados. Tivemos ex-alunos com vários prêmios. Temos ainda ex-alunos que seguiram em outras áreas, como a atriz Paloma Bernardi e o ator Dalton Vigh. A Metodista é uma escola bastante premiada. Recebemos o prêmio de melhor Escola de Comunicação Privada em 2009, 2010 e 2011 pelo Guia do Estudante, da editora Abril. Nos orgulhamos muito disso, mas o que mais nos orgulha são nossos alunos.

RD: O perfil do aluno de comunicação dos dias atuais é muito diferente de 40 anos atrás?

Tarsitano: Mudou porque o mundo mudou. O planeta é o mesmo, mas o mundo é completamente diferente. Estamos tratando com uma geração muito inquieta, com objetivos ousados. A geração Y já ficou velha, agora estamos falando com a geração Z, que quer tudo muito rápido. Se der uma câmara na mão dessas pessoas elas já vão ter o domínio da imagem visual, já vão saber trabalhar com planos diferentes. Essas pessoas parecem que nasceram com um chip. Isso facilita na hora da aula ou do mercado de trabalho, mas precisamos nos adaptar a isso. Não podemos pensar numa aula apresentando 20 aulas de PowePoint, pois isso é muito chato para o aluno. Este aluno está acostumado a absorver conteúdos ao mesmo tempo por sentidos diferentes.

RD: Como parte das comemorações dos 40 anos da Faculdade de Comunicação, o campus Rudge Ramos vai receber em outubro a quinta edição do Festival Internacional de Vídeo Universitário. É a primeira vez que o evento vem ao Brasil.

Tarsitano: Vamos sediar a quinta edição do U.Frame (Festival Internacional de Vídeo Universitário), uma parceria com a Universidade de La Coruña, Universidade do Porto e Universidade de Austin. Nós tivemos o prazer de receber o festival. Até agora ele é super exitoso, encerramos as inscrições há alguns dias com 125 trabalhos inscritos em diversas categorias e de diversos países como Estados Unidos, Japão, Rússia e Alemanha. Ele é aberto ao público e terá voto popular. O público também poderá acompanhar pela internet e as pessoas poderão participar dos workshops.  

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