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O candidato a prefeito de Santo André Nilson Bonome (PMDB) garantiu que, caso seja eleito, construirá seis mil novas moradias. “Temos que fazer a regularização fundiária e isto está no meu plano de governo. Em quatro anos, pretendemos construir seis mil novas moradias, ao fazer a interlocução com governo federal e estadual para combater o déficit habitacional, que é de cerca de 20 mil unidades”, cravou.
A declaração foi concedida em entrevista ao RDtv, onde também avaliou que a atual administração não apresenta o número de projetos necessários para o município. “Podemos apresentar muito mais, às vezes, o projeto até existe, mas para todo recurso que vem de outras esferas, o município é obrigado a entrar com contrapartidas. Muitos projetos como o Estado e e governo federal são perdidos por falta deste incremento”, pontuou.
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Bonome alfinetou o prefeito Aidan Ravin (PTB), candidato à reeleição, ao dizer da necesssidade de acompanhar de perto as ações dos secretários. “Tem secretário que me disse que o prefeito não o recebe há seis meses”, revela Bonome. “Como prefeito, vou querer saber dos problemas, até porque existem questões urgentes que precisam da mão do prefeito”, diz o candidato do PMDB e ex-secretário do governo Aidan nas áreas de Saúde, Gabinete e Finanças.
Na área da Saúde, Bonome disse que após a sua saída do governo andreense no começo de 2012, faltou ao prefeito Aidan Ravin pulso e vontade de fazer. “Como prefeito, eu vou mandar e executar, essa é a principal diferença entre eu e o prefeito Aidan. Tenho muita vontade e coragem. Temos que prometer a realidade e ter palavra. A política esta desmoralizada. Conheço bem a máquina do Executivo. Agora com a campanha eleitoral, também estou conhecendo outra realidade e vou utilizar esta experiência na minha administração”, aponta Bonome.
Confira abaixo alguns trechos da entrevista:
RD: Quais são suas principais metas, caso seja eleito na cidade?
Nilson Bonome: A prioridade é a saúde, que está precária. Mas a segurança da cidade também é preocupante.
RD: A periferia geralmente tem particularidades, onde a ação publica não é tão eficiente. No que esta região pode contar com o Bonome?
Bonome: Estamos visitando locais difíceis até de chegar. Buscaremos a inclusão social através de atividades esportivas e escolas de computação. Prefeitura tem que estar presente, para que crianças tenham atribuição e possam fazer o futuro da nação com dignidade.
RD: Na periferia, um dos maiores pedidos é a regularização fundiária. Qual sua projeção neste sentido?
Bonome: Temos que fazer esta regularização e isto está no meu plano de governo fazer interlocução com governo federal e estadual para acabar com déficit habitacional. Em quatro anos, pretendemos construir seis mil novas moradias.
RD: De onde viriam os recursos?
Bonome: Governo federal, estadual e municipal. Se houver gestão, município pode fomentar iniciativas deste tipo.
RD: Quais áreas são mais carentes na cidade?
Bonome: Temos bastantes áreas de risco, no Jardim Santo André, Jardim Irene, entre outras. Essa é uma preocupação que o administrador só tem conhecimento quando vai até estes locais. Quando fui secretário, ia pra rua para saber as reais necessidades, mas como candidato andei muito mais.
RD: É possível fazer seis mil unidades? Qual o déficit habitacional do município?
Bonome: É possível. O déficit gira em torno de 20 mil moradias. O administrador tem que bater na porta do governo estadual e federal para buscar projetos.
RD: A cidade está carente de projetos?
Bonome: Sem dúvidas. Podemos apresentar muito mais, às vezes, o projeto até existe, mas para todo recurso que vem de outras esferas e governo, o município é obrigado a entrar com contrapartidas. Muitos projetos são perdidos por falta deste incremento (contrapartida).
RD: O prefeito Aidan Ravin diz que é a principal bandeira de sua campanha será a educação. Como o senhor participou do governo, a educação avançou? E qual vai ser sua diferença nesta área?
Bonome: Avançou. Não podemos fazer política com o fígado e tenho que falar a realidade. A Secretaria de Educação teve um trabalho excelente realizado pela secretária Cleide Bochixio; fiquei feliz que ela tenha retornado à administração Aidan. Mas, podemos crescer muito mais. Mas lembro que me reunia com os secretários de 15 em 15 dias e eram cobrados posteriormente. Isso fazia com que o trabalho das secretarias andasse bem mais rápido. E a Cleide sabe que muitas obras na Educação ocorreram porque teve a minha interlocução com os outros secretários.
RD: Como prefeito, o seu trabalho também será de um gestor direto em todas as pastas? Este é seu modo de gerir?
Bonome: Temos que ter pessoas técnicas, mas o acompanhamento é necessário. Tem secretário que me diz que o prefeito não o recebe há seis meses. Não é assim que se faz uma boa gestão. Como prefeito, vou querer saber dos problemas, até porque existem questões urgentes que precisam da mão do prefeito.
RD: Falamos sobre a periferia, mas quais são os planos para o Centro? Algumas obras prometidas pelo atual prefeito não foram concluídas como o Poupatempo de Serviços, reforma do Cine Teatro Carlos Gomes e a cobertura da rua Coronel Oliveira Lima.
Bonome: A rua Coronel Oliveira Lima, por exemplo, é espaço que já deveria ser totalmente coberto. O shopping já não tem a mesma segurança de antigamente, temos que valorizar; não podemos espantar o comércio. Já Poupatempo de Serviços, eu estava à frente da secretária de Finanças quando o terreno foi comprado, o terreno nunca teve problema. O valor em juízo para ter mais segurança na compra. Faltou ação, pois quem constrói o Poupatempo é o Estado. Será que foram atrás do governador? Quando vamos apresentar um projeto da magnitude do Polo Tecnológico, por exemplo, há a necessidade de apresentar um projeto completo, o que não ocorreu. Não podemos culpar os vereadores.
RD: Qual a solução para a reforma do Cine Teatro Carlos Gomes?
Bonome: O Carlos Gomes é tombado, temos que restaurar, não reformar. Se foi mudado o projeto original, eu não concordo.
RD: Voltando à saúde. O que falta para instalar mais UPAs na cidade. Faltou gerência ou verba?
Bonome: Falta gestão, pulso, vontade de fazer. Por isso o slogan da minha campanha é “Santo André tem pressa”
RD: Outro assunto muito comentado pelos candidatos é o bilhete único. Ele será implantado? Quais suas propostas para o transporte?
Bonome: O munícipe perde muito tempo com baldeações, intenção é terminar com o terminal Vila Luzita e transformar em uma subprefeitura, criar corredores de ônibus e aumentar em 15% a frota da cidade. O bilhete único também será feito por nós.
RD: A polêmica envolvendo a hipotética venda de licenças ambientais pelo Semasa também é um assunto muito polêmico na cidade. Já que participou do governo, como viu o caso e o que tem de se fazer para que as concessões de licença sejam mais transparentes?
Bonome: Não fazia parte do Semasa, fui secretário de Gabinete, Finanças e Saúde. A desburocratização é essencial, temos que ser práticos e dar a resposta para o empreendedor em no máximo 30 dias.
RD: Semasa tem dívida muito grande, como resolver?
Bonome: É preciso analisar melhor os mecanismos, fazer auditoria, para traçarmos o melhor caminho.
RD: Não passaria o Semasa para a Sabesp?
Bonome: Em um primeiro momento não, já que a dívida existe faz tempo, que fique mais um pouco e que esforços sejam feitos para pagá-la.
RD: Quais os projetos para melhorar o cenário dos resíduos sólidos na cidade? É preciso criar uma usina de lixo?
Bonome: Briguei muito para abrir o aterro do município. Hoje, gastamos R$ 24 milhões por ano para destinar o lixo para o aterro em Mauá. Fui varias vezes à Cetesb para abrir o aterro, mas infelizmente me desliguei e não consegui concluir. Segundo plano é criar a usina, temos estudo avançado para que a energia gerada seja comprada pelo Polo Petroquímico.
RD: Todos os candidatos batem na tecla que a cidade precisa de mais intervenções no sistema viário e de viadutos transpassando o rio Tamanduateí. Você vai concluir estas obras?
Bonome: O trânsito é o calcanhar de Aquiles de todas as cidades. Projeto é fazer outro viaduto transpondo a avenida dos Estados, que desafogaria o trânsito da avenida Prestes Maia. Outra obra é ligar a avenida dos Estados ao Rodoanel via Anhaia Melo. Esta ação vai tirar os caminhões do centro da cidade.
RD: A reforma do estádio Bruno Daniel, será prioridade? Há condições para fazer uma arena multiuso?
Bonome: O estádio começou a ser reformado quando eu ainda era secretário de Finanças. As intervenções foram orçadas em R$ 5,6 milhões. Mandei R$ 5 milhões para as obras. Cerca de R$ 1 milhão foi destinado à construção, mas a obra não continuou e estão maquiando. Arena não está fora dos planos, com a Copa de 2014, foi destinado muitos recursos, mas não foram apresentados projetos para a cidade, ao contrário de São Caetano e São Bernardo, que foram escolhidos para receberem delegações. Não prometo fazer arena, mas com a reforma eu me comprometo.
RD: Qual a importância do Consórcio Intermunicipal para Santo André? Como atuará em relação a outros prefeitos?
Bonome: Consórcio é importante, mas tem que ser feito alteração em seu modo de operação. Acho que um representante do Estado deve estar aqui, para facilitar o diálogo entre com a região. Com os outros prefeitos, o diálogo tem que acontecer em todos os aspectos.
RD: Como ter consenso no Consórcio?
Bonome: Temos que ter diálogo, para que as cidades se beneficiem como um todo. Com este representante do governo, a interlocução seria facilitada. Modelo do consórcio não funciona com tanta força por não ter ação deste tipo, cada prefeito defende a sua bandeira.
RD: Qual será a diferença entre seu governo e a do prefeito Aidan Ravin?
Bonome: Hierarquicamente a população elegeu o prefeito que está na administração e eu estava como secretário de três pastas. Existe diferença entre quem manda e quem pede. Como prefeito, eu vou mandar e executar, essa é a principal diferença. Tenho muita vontade e coragem. Temos que prometer a realidade e ter palavra, a politica esta desmoralizada. Conheço bem a máquina do executivo, também estou conhecendo outra realidade e vou utilizar esta experiência na minha administração.
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