
Em seu retorno à Câmara de Santo André, Dr. Fábio Lopes (Cidadania) acabou escolhido como líder de governo na gestão de Gilvan Júnior (PSDB). Uma de suas principais metas é manter o diálogo entre os poderes. Em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (17/02), o parlamentar não escondeu que um dos erros da gestão de Paulo Serra (PSDB) foi a pessoa colocada para fazer a interlocução entre a Casa e o Paço, o que gerou problemas no final do segundo mandato do tucano.
“Um dos motes do prefeito Paulo erra é que não tinha compromisso com o erro, mas eu acho que um dos principais erros da gestão do Paulo Serra foi exatamente da pessoa que foi colocada para fazer esse diálogo entre a Câmara e os vereadores. Acho que foi de uma maneira que não preservou, não privilegiou o diálogo e aí nós acabamos tendo alguns problemas, principalmente no final da gestão, em razão da falta de diálogo.”, explicou.
Para Lopes, a chegada de Donizeti Pereira no comando da Secretaria de Relações Políticas e Institucionais fará com que a relação seja mais próxima, inclusive em momentos que o Paço terá que dizer “não” para alguma proposta de um vereador. Pereira foi presidente da Casa, o que na visão do atual líder de governo, é um ponto positivo para criar uma relação mais harmoniosa.
Plano Diretor
Uma das principais expectativas para este ano é o debate da versão final do Plano Diretor. Para Lopes, a nova proposta terá que evitar o que considera como “erros” do plano de 2016, principalmente em relação ao olhar sobre a pequena indústria. Para o vereador, a última versão forçou os pequenos industriais a se instalarem nas vias primárias e secundárias do município, que são locais mais caros.
A sua visão é que a partir do momento em que houver uma maior descentralização, o fato fará com que mais empregos sejam gerados e as pessoas possam trabalhar mais próximas a essas empresas.
Futuro partidário
O Cidadania está federado com o PSDB, porém, vê a possibilidade de uma futura fusão com o PSD. Fábio Lopes vê com bons olhos a medida, principalmente em busca de uma alternativa em relação a polarização entre aliados do bolsonarismo e do lulismo.
“Nós, Cidadania, quando fizemos a federação com o PSDB, nós tínhamos como objetivo de nos juntar comum grande partido para trazer a oportunidade de discutir as grandes pautas nacionais. Infelizmente o PSDB desidratou e eu não tenho medo de dizer que o Cidadania acabou se tornando muito maior que o próprio PSDB.”, iniciou.
“Eu acho que a possibilidade que temos agora de encarar uma fusão entre Cidadania, PSDB e até que se diz com o PSD, eu vejo isso com bons olhos, até porque temos uma oportunidade de nos juntar a um partido grande, que tem pautado no Congresso Nacional pautas muito importantes e que tem a grande oportunidade de ser o grande fiel da balança das eleições de 2026.”, seguiu.