
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança – estará em Diadema. Com duas sessões gratuitas, as apresentações acontecem na Fábrica de Cultura (rua Vereador Gustavo Sonnewend Neto, 135 ), nesta quinta-feira (19/2), às 15h e às 19h, com retirados na bilheteria 1h antes.
O espetáculo conta com a abertura da Companhia de Danças de Diadema, que apresenta trecho da obra Força Fluida, de Jaeduk Kim, criada especialmente para a Companhia pelo coreógrafo. Artista multifacetado, também criou a trilha sonora baseada em cânticos naturais de sua tradição oriental, com sons de instrumentos típicos de sua tradição e voz monocórdica.
Jaeduk Kim transita pelo minimalismo dos movimentos que dialogam com a trilha sonora. Estes e demais elementos da ancestral cultura oriental se encontram na obra, traduzidos pelo olhar contemporâneo deste sensível artista e dos intérpretes da Companhia.
Já a São Paulo Companhia de Dança apresenta três obras de seu repertório, como a pré-estreia do Pas de Deux de Alvorada, de Yoshi Suzuki; A Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh, inspirado na obra de Michel Fokine (1880-1942); e Casa Flutuante, de Beatriz Hack.
Alvorada é uma ode ao recomeço, onde o frescor do amanhecer se traduz em renovação e continuidade. Mesmo ao estrear sua carreira como coreógrafo, o expressivo bailarino Yoshi Suzuki – que integra o elenco da SPCD desde sua criação – dança com paixão e mantém viva a essência que sempre o impulsionou. Nesta obra, criada para os colegas da São Paulo Companhia de Dança, o suave deslizar da manhã convida o corpo e a alma a sentir cada emoção à flor da pele. Alvorada não celebra apenas um novo capítulo, mas também uma opção de continuidade. Dividida em três partes, a obra terá pré-estreias em momentos distintos ao longo do ano, culmina com sua estreia completa em agosto, reafirma a trajetória de um artista que se reinventa, sem jamais abandonar sua paixão pelo movimento.
Esta criação integra o Programa de Desenvolvimento das Habilidades Futuras do Artista da Dança (Pdhfad) – Ações para Bailarinos – Transição de Carreira, que estimula o corpo artístico da SPCD a experienciar diferentes possibilidades de carreiras no ecossistema da dança.
Já A Morte do Cisne, é uma obra consagrada, criada em 1907 por Fokine para Anna Pavlova. Um solo emocionante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809-1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Esse solo é interpretado por grandes estrelas da dança e ganha novos acentos e dinâmicas no corpo de uma bailarina da São Paulo Companhia de Dança.
Em contraste, Casa Flutuante, primeira criação de Beatriz Hack para a SPCD, revela diferentes conceitos de “casa” e suas impermanências, na cena. Conduzidos por uma trilha sonora eclética, o elenco flutua entre os movimentos propostos pela coreógrafa e desenvolvidos a partir da experiência pessoal de cada um. Os movimentos individuais e de grupo exploram as relações humanas e interpessoais.