O pedido para instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o Hospital da Mulher, em São Bernardo, alcançou sua sétima assinatura das 10 necessárias. A vice-presidente da Câmara, Ana Nice (PT), foi a nova apoiadora do pedido feito pelo vereador João Viana (Cidadania). O parlamentar ainda busca convencer os colegas sobre o assunto e nega que a Comissão seja para promover ou prejudicar algum político da cidade.
Além de Ana Nice e João Viana, também assinaram o protocolo os vereadores Luana Eloá (MDB), Shell Gomes (Cidadania), Ananias Andrade (PT), Nina Braga e Lucas Ferreira (ambos do PL). Caso o pedido alcance as 10 assinaturas necessárias, o plenário vai deliberar o início dos trabalhos. Conforme o Regimento Interno, por ser o autor do pedido, João assume a presidência dos trabalhos.
Viana nega que seu objetivo seja utilizar politicamente a CPI para se autopromover. A sua ideia é fazer com que os trabalhos possam melhorar o dia a dia do equipamento, e por consequência, os demais equipamentos da Rede Municipal de Saúde.

“Extamos seguindo um caminho realmente pensando no futuro do Hospital da Mulher. Muitas vezes as pessoas acabam pensando, as vezes até os políticos, que se trata de algo para prejudicar ou promover um ou outro político. A verdade é que estou preocupado com um equipamento público que é o Hospital da Mulher.”, explicou.
O vereador quer entender o que ocorreu neste equipamento em 2024, ano em que aconteceram casos de óbitos ou de pacientes que ficaram com sequelas após intervenções na unidade. “Existem muitos comentários sobre a taxa de mortalidade em hospitais, o que infelizmente é normal que aconteça, não tem como evitar 100%. Mas os casos do Hospital da Mulher são de negligência e violência obstétrica que culminaram na morte de muitas mulheres, na morte de bebês e inclusive de (casos com) sequelas muito graves.”, disse o parlamentar.
Além dos casos notificados, João Viana quer entender os casos subnotificados e os protocolos exercidos na unidade de saúde.