Após ser líder de governo, presidente da Câmara e secretário durante a gestão de Paulo Serra (PSDB), Pedrinho Botaro (PSDB) assumiu o comando da Secretaria de Educação em Santo André. Em entrevista ao RDtv, o novo chefe da pasta garantiu que uma de suas principais metas e o cuidado com os servidores, visando o fim de acúmulo de trabalho e entregando um melhor fluxo nas unidades escolares.
“Então, quando eu vim para cá, o (prefeito) Gilvan (Júnior, PSDB) me pediu muito isso, ‘Pedrinho, que você possa focar principalmente no diálogo entre os colaboradores entre os diversos departamentos que nós temos na Secretaria de Educação, e aí a gente consegue ter um ano letivo diferente também, mais próximo das pessoas’. Eu dizia em outra ocasião, outro dia, numa reunião com o corpo diretivo de cada escola, então, diretoras, vice-diretoras, também coordenadoras pedagógicas e apoios, assistentes pedagógicos que estão ali no dia a dia, que a gente possa ter uma rede que, de fato, se comprometa não só com a entrega de um bom resultado medido pelo IDEB, mas que a gente possa ter um rendimento interpessoal muito grande (sic).”, iniciou o secretário.
Entre as preocupações de Botaro está a saúde mental dos educadores, algo que na sua visão vem colaborando para o absenteísmo na rede municipal. O acúmulo de trabalho é um dos pontos em que o secretário foca para acabar e assim dar aos professores tempo para o trabalho e também para um descanso com maior qualidade.
Para isso, um dos desafios está na contratação de professores especiais para a Rede Pública, principalmente visando a inclusão de crianças atípicas. “Nós fizemos um último chamamento ainda na gestão do prefeito Paulo Serra, no finalzinho do ano, na metade do ano passado. E aí, infelizmente, não preencheram todas as vagas, principalmente naquele agente de inclusão escolar, então, daquelas pessoas que estão ali no dia a dia para poder atender as crianças com mais proximidade. E é isso aí que a gente precisa reforçar bastante, mas sem contar isso aí para o relacionamento com as crianças que possuem algum tipo de deficiência (sic).”.

Outra medida é a contratação de mais coordenadores, assim reduzindo o número de escolas em que cada profissional é responsável. Segundo o secretário, atualmente cada coordenadora cuida de cinco escolas, em média. Com as novas contratações, o número será reduzido para três.
“Então, o nosso trabalho não é só fortalecer a questão da educação inclusiva, mas também a guarda administrativa. Eu tenho certeza de que hoje, por exemplo, nós tivemos um levantamento que em algumas escolas falta auxiliar administrativo, por exemplo. Então, eu tenho certeza de que se eu melhorar a questão dos recursos humanos de cada escola, eu vou ter a diretora um pouco mais desafogada das atribuições que ela já tem, às vezes a própria diretora é quem tem que lidar no dia a dia com o conteúdo pedagógico, os problemas, da escola e também abrir e fechar o portão. Então, assim, são aspectos que parecem ser bobos, simples, mas na verdade hoje acaba sugando muito tempo dessa equipe gestora que tem que se desdobrar ali para fazer muita coisa”, segue o secretário.
Uniformes e materiais escolares
Pedrinho Botaro também garantiu a entrega dos kits de material e uniformes escolares para o início do ano letivo. O chefe da pasta aponta que conseguiu trabalhar para adiantar a entrega dos materiais para a formação dos kits. No caso dos uniformes, os fornecedores contaram com alguns problemas que geraram atrasos no cronograma, mas o que não impedirá a entrega.
Questionado sobre uma possível mudança no formato da compra destes kits, adotando o modelo de outras cidades que apostam no comércio local, Botaro afirmou que tal medida está em estudo e que a Prefeitura pode adotar este novo modelo para os próximos anos. Mas garante que o modelo de licitação atual atende os requisitos da gestão pública.