Munícipe de Santo André pede segurança ao futuro prefeito

O RD vai aos bairros para ouvir reclamações e expectativas dos munícipes em relação à gestão dos futuros prefeitos em 2013. Nesta sexta-feira (10/08), a reportagem foi ao Centro de Santo André e entre 10 entrevistados cinco afirmaram que a área de segurança deveria ser a principal prioridade do novo chefe do Executivo. Saúde pública, enchentes e habitação foram outras áreas citadas como carentes de atenção.

Edson Domingos Liberato, de 54 anos, comentou que a violência na vila Guiomar é elevada a exemplo de outras regiões de Santo André. “Meu carro foi arrombado e fui para a delegacia fazer a perícia. E lá encontrei pessoas de vários bairros com o mesmo problema”, contou.

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“Precisamos de mais policiamento, porque há muito roubo e assalto até mesmo dentro de casa. Moro próximo de um hospital, onde há muitos pontos de estacionamento e há muito roubo de carro”, se queixou Israel Fernando de Souza, 30 anos, ator e consultor de imagem.

No Condomínio Maracanã, a reclamação é também sobre a falta de policiamento para combater a violência, como relata o assistente administrativo Silvestre Teixeira, de 19 anos. “Há muito tráfico e está faltando policiamento. Pagamos impostos, colocamos pessoas no poder e eles prometem aumentar o policiamento, porém o bairro continua sem segurança nenhuma”, reclama o munícipe.

Transporte público

Moradora no bairro Homero Thon, Eneida Terezinha Antonio espera que o próximo chefe do Executivo dê atenção ao transporte público e também à segurança. “A segurança precisava ser mais vigiada. É o que eu mais queria no próximo governo”, confessa a oficial administrativa de 52 anos.

“A falta de segurança tem nos preocupado, porque o bairro é cercado por algumas favelas, sem nenhum demérito para quem mora lá, mas é um aspecto que faz com que as pessoas pratiquem delitos no meu bairro e se escondam nas favelas. Por isso, o parque Marajoara tem alto índice de criminalidade”, diz o advogado Anaésio Aparecido da Silva, 67 anos.

Sistema doente

A população também pede melhor atendimento na saúde municipal. Reclamaram da demora e da falta de postos médicos. “A saúde pública deveria atender todos os bairros, mas não o faz”, afirmou Anaésio da Silva, advogado e morador no Parque Marajoara. Silva disse que o bairro não tem unidade de atendimento e, para ser atendido, precisa ir ao Parque Cidade São Jorge. “Então a gente ressente, porque cada vez que necessitamos de atendimento é uma demora muito grande”, diz.

“A área de saúde hoje é fraca. A cidade tem postos, mas só marcam consulta para daqui a dois ou três meses”, reclamou o aposentado João Pereira Pires, 83 anos, do Parque das Nações. Pires se diz indignado ao contar que tem diversas consultas marcadas, porém a mais próxima será somente dia 8 de outubro.

A longa espera para conseguir atendimento médico também foi ressaltada pela empregada doméstica Josefa Soares Nicola, de 57 anos. “No posto da vila Luzita a consulta demora meses”, reclama a moradora.

Enchente e habitação

Se pudesse fazer um pedido para o próximo prefeito, Paulo Conte, de 52 anos, disse que pediria a contratação de um engenheiro para acabar com as frequentes enchentes na vila Palmares. “Existe uma maneira de acabar com este problema, então gostaria que um engenheiro estudasse o que pode ser feito para não ter esse tipo de enchente, porque toda chuva forte alaga a região”, afirmou.

Conte ressaltou que os moradores já pediram providências, mas a única ação feita não teve sucesso. “Levantaram um muro para evitar encher o bairro, mas não adiantou nada, porque o rio tem muitas laterais e a água continua invadindo as ruas toda vez que chove muito”, disse o morador, que convive com o problema desde os 10 anos de idade.

Enchente também é problema recorrente na vila Rica, por causa do córrego próximo à rua Toledana. “Um dia acordei às 2 horas, ouvindo barulho na rua. Quando abri a janela, vi um monte de lama e cinco vizinhos reclamando perda de carro. A água também havia entrado na minha garagem e perdemos um computador”, lembrou Eleuzina Alves de Melo, de 59 anos, auxiliar de limpeza. Segundo Eleuzina, os moradores solicitaram a canalização do córrego à Prefeitura, mas não foram atendidos.

Ações na área de habitação são para a contadora Clarice Ramos de Oliveira, de 45 anos, a maior necessidade da Cidade São Jorge. “Tem de investir em novas moradias na região, pois tem uma favela lá que tem de ser urbanizada. A maior questão aqui é a moradia”, comentou Clarice. 

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