
Sete cidades do ABC registraram crescimento de 91,4% quanto ao saldo de empregos formais durante 2024, em comparação ao ano retrasado. De janeiro a dezembro, a região contabilizou 30.559 pontos de trabalho a mais em relação aos desligamentos, número que é quase o dobro dos 15.960 alcançados pelos municípios no mesmo período de 2023. A média regional supera de longe a nacional, que ficou em 16,5%.
Segundo levantamento do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado nesta quinta-feira (30), ao todo, a região gerou 469.696 postos de trabalho com carteira assinada, enquanto houve 439.137 desligamentos no ano passado. Em 2023, tais números foram, respectivamente, 398.796 admissões e 382.836 demissões.
Maior município da região, São Bernardo puxou a fila de geração de empregos, com saldo de 11.118 novos postos de trabalho, de janeiro a dezembro de 2024. O montante significou um salto de 127.5% em comparação a 2023, quando a cidade registrou 4.887 admissões a mais do que demissões. O setor de serviços foi o que mais cresceu, com salto positivo de 6.329 empregos formais.
Por sua vez, Santo André fechou o ano com 8.295 empregos de saldo, puxado, principalmente, pelo ramo de serviços, com 6.378 assinaturas em carteiras de trabalho. Em números gerais, foram 145.142 contratações e 136.847 desligamentos. Mesmo com crescimento de 44,56% no ano passado, em comparação a 2023, a cidade perdeu o posto de maior geradora de empregos na região, quando encerrou com 5.738 oportunidades a mais de inserção no mercado.
No ano passado, São Caetano se recuperou de um resultado negativo de 2023, passando de 1.086 demissões a mais para 4.351 admissões de margem. Ao mesmo tempo, em 2024, Diadema fechou o período com 3.505 novos postos de trabalho, seguido de Mauá (2.267) e Ribeirão Pires (1.021). O curioso ficou com Rio Grande da Serra, que teve um desempenho quase nulo: apenas dois empregos a mais gerados – 882 empregos e 880 demissões.
Dezembro em saldo negativo
Apesar dos números globais serem positivos para o ABC, o desempenho das sete cidades foi negativo em dezembro de 2024. Ao todo, a região contabilizou 9.296 em redução de empregos por carteira assinada. O cenário não foi muito diferente na esfera nacional, a ponto do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), admitir que o desempenho foi pior do que o esperado.
Pelo Brasil, o Novo Caged evidenciou 535.547 demissões a mais, surpreendendo o governo federal. “Nós esperávamos na ordem de 430 mil, 450 mil empregos fechados”, apontou Marinho, durante uma entrevista coletiva para comentar os dados. Apesar disso, o país conseguiu encerrar 2024 com margem positiva, ao registrar 25.567.248 contratações e 23.873,575 demissões.
Desse modo, o país fechou com margem positiva de 1.693.673 novos empregos formais, superando 1.454.124 de saldo em 2023.