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A carência de equipamentos e profissionais de saúde em Ribeirão Pires tem gerado dificuldades significativas para os moradores. Um dos casos que ilustra essa situação é o de Roseni Afonso, moradora do Jardim Valentina. Seu filho, Ricardo Afonso, utiliza uma bombinha para o tratamento de bronquite e, recentemente, sentiu fortes dores no peito. No entanto, o paciente foi encaminhado para atendimento no bairro Cambuci, em São Paulo.
Em consulta na Unidade de Saúde Familiar (USF) do Jardim Valentina, o clínico geral recomendou que Ricardo realizasse um eletrocardiograma e fosse avaliado por um pneumologista. Entretanto, a falta de recursos e profissionais na cidade resultou no encaminhamento da família para o bairro do Cambuci, em São Paulo, localizado a cerca de 43 km da unidade de saúde de Ribeirão Pires. O horário de atendimento inviável tornou impossível a realização do exame.

Roseni relatou que seu filho já vinha realizando eletrocardiogramas há alguns meses. “Ele foi ao médico no Jardim Valentina porque estava sentindo dores no peito. O médico pediu que ele fizesse um eletrocardiograma, mas não tem como fazer isso na cidade, e nos encaminharam para o Cambuci. Não dá para ir para lá, é muito longe, e o horário da consulta era muito cedo”, explicou.
Além disso, a consulta com o pneumologista, também recomendada pelo clínico geral, foi inicialmente agendada para outubro. Porém, poucos dias antes da data, a família foi informada de que não havia médico disponível. Até o momento, não há previsão de remarcação. “Até agora, não houve nenhuma remarcação, porque a atendente da USF disse que não existe outro lugar para realizar o exame”, desabafou Roseni.
Problema recorrente
Na última quinta-feira (16/1), o RD publicou matéria sobre a falta de insumos em Ribeirão Pires. Na ocasião, um morador, que preferiu não se identificar, expôs a ausência de fitas para medição de glicemia, fundamentais para o monitoramento do diabetes. Além disso, nas redes sociais, é possível encontrar diversos relatos de moradores preocupados com a saúde pública da cidade e a carência de equipamentos médicos.
Questionada sobre o assunto, a Prefeitura de Ribeirão Pires não se manifestou até o fechamento da reportagem.
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