Edimar da Reciclagem propõe que Sabesp reassuma saneamento de Mauá

O candidato do PSDB ao Paço de Mauá, Edimar da Reciclagem, afirmou que considera o retorno da Sabesp como responsável pela distribuição de água da cidade, como fator primordial para a resolução de problemas relacionados à área. “A Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) arrecada R$ 70 milhões por ano e não vemos investimentos em bombas ou em mais reservatórios”, disse.

A declaração foi concedida em entrevista concedida ao RDtv nesta terça-feira (07/08) e fez parte do discurso de Edimar para resolver a frequente falta de água em bairros mais distantes do município. “Além disso, a Sama deve quase R$1 bilhão à Sabesp e, se isso não for feito através de um acordo, pode acontecer de outra maneira futuramente”, completou.

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O candidato do PSDB também falou sobre a presença de lideranças do PMDB e PT na corrida eleitoral de Mauá, para apoiar a candidata Vanessa Damo e Donisete Braga, respectivamente, e projetou como pretende quitar a dívida de R$1,4 bilhão que assusta a cidade.

E alfinetou os concorrentes, dizendo que o vice-presidente da República Michel Temer (apoiador da Vanessa Damo) e ex-presidente Lula (apoiador de Donisete Braga) devem também trazer para as ruas o ex-presidente José Sarney (PMDB) e ex-deputado federal Zé Dirceu (PT), além de outros mensaleiros.

Confira abaixo, alguns trechos da entrevista:

RD: Candidato, quais são suas principais propostas caso seja eleito?
Edimar da Reciclagem:
Saúde é o setor principal e que recebe mais reclamações, mas outras questões que nos preocupam bastante são a falta de vagas nas creches, a segurança e o abastecimento de água, já que possuímos bairros que só são abastecidos em determinados horários.

RD: Como diminuir déficits nas creches?
Edimar:
Através de parceiras com igrejas, associações e escolas privadas. Existem várias instituições que possuem espaço e disposição para isso. A Prefeitura tem que dar mínimo para concretizar essa ideia, que não pesará muito em nossos cofres, pois queremos enxugar a administração. Em três meses, já podemos resolver este problema.

RD: Em relação à questão da distribuição da água, como contornar e resolver este problema?
Edimar:
Falta investimento. A Sama arrecada RS 70 milhões por ano e não vemos investimentos em bombas e em mais reservatórios para a cidade. É preciso devolver gestão á Sabesp, que é muito mais preparada, Se isso não acontecer através de acordo, poderá ocorrer de outro modo, já que a Sama deve quase R$1 bilhão para a Sabesp, em processo que corre na justiça

RD: Já em relação à saúde, a maior parte das queixas envolve principalmente o funcionamento do Hospital Nardini. Como o senhor avalia a gestão deste equipamento e o que fará para melhorar este cenário?
Edimar:
Quase R$6 milhões são gastos por mês só no hospital Nardini. Conversamos com o governador Geraldo Alckmin para que o Estado assumisse o hospital, para investir mais em equipamentos e mão de obra. Deste modo, poderíamos investir mais na contratação de médicos para nossos outros estabelecimentos de saúde. Reabrir a Santa Casa também é uma possibilidade.

RD: A integração entre trem e ônibus em Mauá também é muito citada pelos outros candidatos a prefeito. O senhor concorda, é possível realizar esta iniciativa?
Edimar:
Temos que discutir e avaliar em nível estadual. Temos que unificar o transporte e criar ainda mais concorrência.

RD: Como avalia a participação de lideranças, como o ex-presidente Lula e do atual vice-presidente, Michel Temer, na campanha dos candidatos Donisete Braga e Vanessa Damo, respectivamente? Espera contar com o apoio do governador Alckmin ou de outra liderança do PSDB?
Edimar:
O governador Alckmin se mostrou disposto a estar conosco. Ele garantiu que virá para o ABC e não será diferente em Mauá. Tenho orgulho de todos os tucanos que possam estar aqui. Espero que os concorrentes tragam além do Michel, o Sarney, e que o Lula não venha sozinho e também traga o ex-deputado Zé Dirceu e outros mensaleiros.

RD: Qual será o orçamento de sua campanha?
Edimar:
Vamos gastar muito pouco e manter os pés no chão. Já gastei saliva e dois pares de sapato. Não temos muitos recursos. 

RD: Não existe um valor ou previsão do que será gasto?
Edimar:
Não, ainda estamos planejando gastos e nem começamos a campanha nas ruas.

RD: A dívida de Mauá já atinge R$1,4 bilhão, qual o melhor caminho para renegociar este valor?
Edimar:
Ouço candidatos dizerem que vão parcelar este valor, mas não vejo propostas de choque de gestão. Temos que enxugar nossa maquina e rever muitos contratos, como o ex-governador fez com o estado de São Paulo, que estava falido quando ele assumiu o poder. A cidade precisa recuperar seu poder de investimento.

RD: Outro grande problema diz respeito ao grande número de habitações em áreas de risco. Como lidar com esta questão?
Edimar:
Há disposição da CDHU em investir em mais casas populares na cidade, mas o problema hoje é o espaço. Não sei se por questão partidária o Prefeito segura um pouco esta possibilidade, assim como acontece na construção de outros equipamentos, como a ETEC. Tenho certeza que através de parceria com a CDHU e com o Governo, vamos zerar o déficit de aproximadamente 2 mil moradias e ampliar as obras de construção de muros de arrimo. 

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