
Com pouco descanso após conseguir a reeleição para a presidência da Câmara de Santo André, Carlos Ferreira (MDB) entra em uma “nova campanha”. Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (16/01), o emedebista defendeu o nome de Fábio Lopes (Cidadania) para ser o futuro líder de governo no Legislativo. Além disso, o vereador fez uma forte defesa do trabalho dos parlamentares durante a gestão de Paulo Serra (PSDB) e apontou uma maior interlocução para a gestão de Gilvan Junior (PSDB).
“O governo ainda não definiu o líder de bancada, mas se ele (Gilvan) perguntar pra mim eu vou dar uma sugestão pra ele de quem poderia ser. Você (jornalista) não fala para ninguém que eu não quero declarar, mas eu apoio o nome do Fábio Lopes. Não fala para ninguém pelo amor de Deus, vamos guardar isso em segredo, mas eu apoio o nome do Fábio Lopes pela vontade dele de fazer as coisas. É uma pessoa, um advogado, uma pessoa que conhece o Legislativo e ele vem com força total para nos ajudar.”, disse o parlamentar durante a entrevista.
Lopes foi vice-líder e depois líder durante o primeiro mandato de Paulo Serra. Não foi reeleito em 2020 e voltou ao Legislativo andreense após conquistar 4.005 votos. Acabou embarcando na campanha pela reeleição de Ferreira na presidência logo após desistir do apoio para Marcelo Chehade (PSDB).
Eleição
Sobre a eleição da Mesa Diretora, Carlos Ferreira considera que não havia necessidade do PL ter uma chapa para enfrentar a sua, que contava com o apoio de outros 23 vereadores. O emedebista não quis detalhar os motivos que levaram os vereadores William Lago, Major Vitor Santos e Lucas Zacarias a tomar tal atitude, mas não escondeu sua irritação.
“Então, também não vejo razão para o PL ter mostrado esta votação de três votos. Acho totalmente, totalmente bobagem. Acho que foi uma bobagem com isso. E o PL, não sei, vai fazer uma polarização, não sei como eles vão fazer, vai somar, não sei, não falaram comigo ainda, não conversamos ainda sobre qual a ideia do PL, agora têm os vereadores, eles são muitos bons vereadores. O William Lago, que assumiu pelo PL, é um menino bom, advogado. Eu creio também que o Major Vitor também fará um bom trabalho. E o outro (Lucas) nós já conhecemos bastante, que é vereador já de dois mandatos na Câmara. Já temos uma ideia do trabalho dele. Mas os dois terão novidades para nós, que a gente quer apaziguar essa situação”, explicou.

Após conseguir a presidência, o próximo objetivo é alinhar cada vez mais a relação entre os poderes. Para Carlos Ferreira, o Legislativo deve ser independente e votar a favor do município. O emedebista reafirmou que considera o projeto de Gilvan Júnior bom para a cidade e vê que não há motivo para se posicionar contra. Mas aponta a necessidade da Câmara em ser ouvida. Para isso, reforçou o trabalho realizado pelo Legislativo durante a gestão de Paulo Serra.
“Eu acho que isso o Gilvan vai fazer com muita qualidade, com muita tranquilidade. E nesse caso foi prometido uma maior aproximação, por exemplo, dos secretários, para que eles possam ter uma relação melhor com os vereadores. Nossa, sem dúvida. Essa foi a pauta da nossa conversa com o governo. Essa foi a pauta. Que para ter uma estrutura, para ter um apoio do Legislativo, para ter o amparo do Legislativo, a Prefeitura precisa amparar o vereador nos atendimentos dele, na demanda dele, porque muitas vezes o que o vereador quer é uma informação que o munícipe pede, que o munícipe não conhece, não sabe, quer uma informação. Então, essa informação o governo pode passar para nós na hora. Ele não precisa marcar entrevista, ele não precisa marcar audiência, ele não precisa marcar horário.”, apontou.