Moradores do bairro Casa Branca, em Santo André, denunciam o estado de abandono da rua Panamá, que há mais de um ano enfrenta problemas como acúmulo de lixo, barracos improvisados nas calçadas e a presença constante de usuários de drogas. Além disso, segundo relatos, a região sofre com prostituição e tráfico de entorpecentes de forma desenfreada.
Uma moradora, que preferiu não se identificar, comenta o impacto da situação no cotidiano da comunidade: “O impacto é muito grande, pois nos causa medo. Somos privados do nosso direito de ir e vir, pois há muitas brigas, sexo a céu aberto durante o dia, cacos de vidro e pedaços de garrafas espalhados pelo chão”, relata a reclamante ao citar que na região cachorros já morderam moradores.
Apesar das diversas denúncias feitas à prefeitura, os moradores afirmam que não recebem respostas satisfatórias. Segundo eles, as autoridades alegam que não podem agir, pois as pessoas em situação de rua e os usuários de drogas recusam ajuda. A falta de policiamento também tem agravado a sensação de insegurança. “Nunca vejo rondas e não me sinto segura. É absurda a quantidade de moradores de rua e usuários de drogas tanto nas ruas do meu bairro quanto no centro da cidade”, desabafou uma moradora.
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) realiza limpezas periódicas na região, mas, de acordo com os moradores, a sujeira reaparece rapidamente. “Eles reaparecem no mesmo minuto em que a Semasa vira a esquina”, afirmou uma residente.
Para tentar solucionar o problema, a moradora sugere medidas como o fechamento definitivo de um ferro-velho localizado na Avenida Firestone, que, segundo ela, deveria ser lacrado, além da instalação de mais iluminação e floreiras nas calçadas para evitar a ocupação irregular do espaço público.
Os moradores cobram providências das autoridades e aguardam uma solução definitiva para melhorar a situação. “Queremos um bairro limpo, onde possamos passear pelas calçadas sem o risco de pisar em fezes e urina, sair de casa sem nos depararmos com um lixão a céu aberto e nos sentirmos seguros para ir à padaria, ao parque ou até acompanhar um visitante até o carro”, concluiu.
A Prefeitura de Santo André foi questionada sobre a situação, mas não respondeu até a publicação desta matéria.