
A chegada de um novo ano trouxe consigo novos capítulos da política regional. Nesta quarta-feira (01/01), os sete prefeitos, os sete vice-prefeitos e os 150 vereadores tomaram posse no ABC. Na maior parte do tempo os políticos buscaram levar a sério o “Dia Mundial da Paz” e estabeleceram linhas de harmonia entre os poderes. Mas houve espaço para algumas críticas. Nos legislativos, acordos levaram governistas ao comando das casas.
Todas as sessões solenes estavam marcadas para às 10h. Porém, em Rio Grande da Serra houve um atraso, pois o prefeito Akira Auriani (PSB) teve que acompanhar o nascimento de sua filha, Manu, na última noite de 2024. Além da emoção da paternidade, o socialista buscou ser direto com os vereadores para buscar uma harmonia entre os poderes, mesmo tendo a maioria da Casa. Apear disso sobraram críticas para a ex-prefeita Penha Fumagalli (PSD) e o ex-vereador Marcelo Akira (Podemos).
Outro lugar em que críticas foram vistas foi Diadema. Durante seu discurso de posse, o prefeito Taka Yamauchi (MDB) afirmou que usaria a indignação da população como combustível para encontrar soluções. Apesar da ausência do ex-prefeito José de Filippi Jr. (PT), houve uma cerimônia de posse involuntária com a ex-vice-prefeita e atual vereadora Patty Ferreira (PT), que agradeceu o colega de partido e gestão, e pediu a manutenção de políticas públicas adotadas nos últimos quatro anos.
Nos demais municípios, “a paz” reinou nas posses. Em Mauá e Ribeirão Pires, cidades com prefeitos reeleitos, Marcelo Oliveira (PT) e Guto Volpi (PL) focaram em apontar seus feitos anteriores. Além disso, ambos deixaram para realizar mudanças no primeiro escalão no primeiro dia do ano. Guto anunciou o retorno de Leonardo Biazzi para a Secretaria de Assistência, Participação e Inclusão Social. E ainda avisou que terá novos anúncios nos próximos dias.
Oliveira fez 14 alterações. Foram anunciados no novo primeiro escalão de Mauá: Caio Carvalho (Mobilidade Urbana); Cássia Rubinelli (Administração); Chiquinho do Zaíra (Planejamento Urbano); Edilson de Paula (Relações Institucionais); Eliene de Paula Pinto (Saúde); Fernanda Oliveira (Assistência Social); Gilmar Silvério (Educação); Helcio Silva (Governo); Hélio Tomaz (Segurança Alimentar e Nutricional); José de Luiz Macedo (Obras); Leandro Dias (Serviços Urbanos); Matheus Martins Sant’Anna (Assuntos Jurídicos); Reinaldo Soares (Meio Ambiente); e Vagner Minervino da Rocha (Finanças).
Nos casos de Santo André e São Caetano, o clima das posses foi de “continuidade”. No Paço andreense, Paulo Serra (PSDB) fez a transmissão de cargo para o prefeito Gilvan Júnior (PSDB). No Palácio da Cerâmica, o mesmo foi feito entre José Auricchio Júnior (PSD) e o novo prefeito Tite Campanella (PL).
Em São Bernardo, a posse do prefeito Marcelo Lima (Podemos) teve ar de “voo solo”. O ex-prefeito, e agora secretário de Segurança Pública na cidade de São Paulo, Orlando Morando, foi pouco citado.
Com exceção de Santo André, câmaras contam com clima de paz nas eleições
Em relação as eleições das mesas diretoras das câmaras, houve domínio governista nas presidências. Em todas as cidades houve algum acordo para a composição. Apenas Santo André chamou a atenção. A bancada do PL mostrou seu posicionamento oposicionista ao tentar emplacar seus nomes no comando do Legislativo andreense, o que não chegou perto de acontecer.
Rodrigo Capel (PSD) assume o comando da Câmara de Diadema. Em Mauá, Juninho Getúlio (PT) foi reconduzido, assim como aconteceu em Santo André com Carlos Ferreira (MDB) e Danilo Lima (Podemos) em São Bernardo. Em seus respectivos retornos, Clauricio Bento (PSB) presidirá o Legislativo de Rio Grande da Serra e Dr. Seraphim (PL) o de São Caetano. No caso de Ribeirão Pires, José Nelson da Paixão (Republicanos) assume como presidente.
As primeiras sessões ordinárias ocorrem em fevereiro. Apesar da possibilidade de São Bernardo levantar o recesso ainda em janeiro para votar a autorização para que a cidade possa retornar ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC.